O ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, pediu vista, Gilmar Mendes que arquivou o
inquérito que trata das investigações contra o senador Aécio Neves
(PSDB-MG), em supostas irregularidades cometidas em Furnas, subsidiária
da Eletrobras em Minas Gerais.
Até o momento, o placar do julgamento está empatado em 2 votos a 2. Os
ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli se manifestaram pelo
arquivamento. Edson Fachin e Celso de Mello se manifestaram pelo envio
do processo para a Primeira Instância da Justiça, como defende a
Procuradoria-Geral da República (PGR), e não pelo arquivamento. Não há
data prevista para a retomada do julgamento.
Em junho, ao decidir individualmente pelo arquivamento, Gilmar Mendes
levou em conta um relatório da Polícia Federal (PF) que concluiu pela
falta de provas da participação do parlamentar em um suposto esquema de
corrupção na estatal do setor elétrico.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, após a tomada de
depoimentos de políticos de oposição e delatores foi possível concluir
que “inexistem elementos que apontem para o envolvimento” do senador.
“A partir do conteúdo das oitivas realizadas e nas demais provas
carreadas para os autos, cumpre dizer que não é possível atestar que
Aécio Neves da Cunha realizou as condutas criminosas que lhe são
imputadas”, diz o relatório da PF.
A investigação foi aberta em 2016 a pedido do ex-procurador-geral da
República Rodrigo Janot, para apurar o suposto cometimento dos crimes de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
(Agência Brasil)