
A Policia Civil e o MP-RJ deflagraram nesta segunda-feira (24) a
Operação Gerais, com o objetivo de desarticular milícias que atuam em
São Gonçalo e Maricá, na Região Metropolitana do Rio. Até as 10h, 18
pessoas foram presas. São 24 mandados de prisão no total. A investigação
apurou que a arrecadação mensal da organização criminosa girava em
torno de R$ 100 mil por mês, podendo chegar a R$ 1,2 milhão ao ano.
Uma das equipes enfrentou intenso tiroteio em Itaboraí, onde há um
braço armado de um dos núcleos paramilitares. Não há informações de
feridos.
Estão na mira da força-tarefa três grupos distintos:
- O chefiado por Anderson Cabral Pereira, o Sassa, em Porto Velho, Porto Novo e Pontal, em São Gonçalo; Sassa já estava preso;
- O de Luis Claudio Freires da Silva, o Zado, em Engenho Pequeno e Zumbi, em São Gonçalo; Zado foi preso esta manhã.
- O comandado pelo sargento Wainer Teixeira Júnior, em Itaipuaçu e Inoã, em Maricá. Wainer já estava preso desde a Operação Calabar, em junho de 2017.
Os criminosos são suspeitos de cometer dezenas de homicídios nas duas
cidades, em disputas por território e na cobrança de serviços. A polícia
também investiga se as quadrilhas contam com o apoio de PMs do 7º BPM
(São Gonçalo).
Um dos mandados desta segunda é contra João Paulo Firmino, suspeito de ser o autor da chacina de cinco jovens em março no Condomínio Carlos Marighella, em Itaipuaçu, em Maricá. Firmino está preso.
Os grupos impõem segurança privada e controlam o transporte por van,
pontos de televisão clandestina e a venda de botijões de gás de cozinha,
além de obrigar a comercialização de cigarros clandestinos.
As investigações apontam que algumas ordens partem de dentro do
Complexo Penitenciário de Bangu, mais precisamente da Cadeia Pública
Bandeira Stampa, Bangu 9.
A operação é conduzida pela Divisão de Homicídios de Niterói, São
Gonçalo e Itaboraí e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco) do MP-RJ.
(G1)