O presidente Michel Temer embarcou há pouco para Nova York, nos Estados
Unidos, para participar da abertura da 73ª Assembleia Geral da
Organização das Nações Unidas (ONU). Antes da partida, Temer transferiu o
cargo temporariamente ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF),
Dias Toffoli, durante uma rápida cerimônia na Base Aérea de Brasília. É a
primeira vez que o ministro atuará como presidente da República
interino.
O presidente do STF assumirá o cargo em função da legislação eleitoral.
Como o cargo de vice-presidente estará vago, em virtude da viagem de
Temer, a primeira pessoa da linha sucessória no país é o presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o segundo, o do Senado,
Eunício Oliveira (MDB-CE).
No entanto, a legislação eleitoral impede a candidatura de ocupantes de
cargos no Executivo nos seis meses que antecedem as eleições. Dessa
forma, se Maia ou Eunício assumissem a Presidência, ficariam inelegíveis
e não poderiam disputar as eleições de outubro.
Toffoli ficará no cargo até terça-feira (25) e deverá assinar a
recondução de um conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), uma
norma que trata da licença paternidade para miliares e a inscrição do
nome do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes no Livro de Heróis da
Pátria.
A assembleia da ONU está marcada para a terça-feira e está previsto um
discurso do presidente brasileiro. Esta será a última vez que Temer vai
participar da reunião das Nações Unidas como presidente da República. O
Brasil é sempre o primeiro país a discursar desde a 10ª sessão da cúpula
em 1955, que ocorre todo o mês de setembro.
Temer deve se reunir com o secretário-geral da ONU, António Guterres.
Também terá dois compromissos, primeiro uma reunião bilateral com o
presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez. Em seguida, participará de
uma reunião com presidentes do Mercosul, bloco que reúne Brasil,
Argentina, Uruguai e Argentina.
UOL