A nove dias do segundo turno das eleições, as autoridades preparam para
hoje (19) anúncios sobre as prioridades para as votações no dia 28. O
alerta ocorre no momento em que os candidatos à Presidência da República
Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) trocam acusações sobre a
existência de empresários que financiaram um esquema de disseminação de
notícias falsas anti-PT.
À tarde haverá uma entrevista coletiva da qual participarão a presidente
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Rosa Weber; os ministros Raul
Jungmann (Segurança Pública) e Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência da República), a procuradora-geral da
República, Raquel Dodge, a advogada-geral da União, Grace Mendonça, e o
diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro.
A expectativa é de que sejam anunciadas as medidas institucionais
adotadas em decorrência de questionamentos levantados no primeiro turno.
Nas últimas horas, PT, PSL, PSOL e PDT se manifestaram sobre a
divulgação e os impactos de fake news. Recorreram à Justiça eleitoral o
PT e PSOL, enquanto os outros dois partidos também anunciaram que vão
ingressar com ações.
Advertência
Ontem (18) Raquel Dodge advertiu sobre os riscos da disseminação de
conteúdo falso. “O eleitor é o ator principal. Ele tudo pode, mas nem
tudo convém. As fake news não convêm ao eleitor nem à democracia”,
afirmou. “É preciso também que não haja abuso, não haja ilícito no modo
como as pessoas se expressam, no modo como elas convencem os vizinhos e
eleitores.”
A advertência ocorreu durante a reunião em que o combate à divulgação de
notícias falsas nas redes sociais foi o tema principal. Participaram
procuradores eleitorais e os advogados das campanhas de Bolsonaro e
Haddad, além do ministro Edson Fachin, do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), e do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann.
(Com Agência Brasil)