A candidata da Rede, Marina Silva, declarou, nesta segunda-feira (22),
"voto crítico" no candidato do PT, Fernando Haddad, no segundo turno da
eleição contra Jair Bolsonaro, do PSL. A expressão "voto crítica" foi a
mesma utilizada pelo PDT de Ciro Gomes para marcar seu posicionamento no
segundo turno.
"Diante do pior risco iminente, de ações que, como diz Hannah Arendt,
'destroem sempre que surgem', 'banalizando o mal', propugnadas pela
campanha do candidato Bolsonaro, darei um voto crítico e farei oposição
democrática a uma pessoa que, 'pelo menos' e ainda bem, não prega a
extinção dos direitos dos índios a discriminação das minorias, a
repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros
e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental,
que é o professor Fernando Haddad", disse Marina em nota.
Haddad comentou o gesto de Marina. "O voto de Marina Silva me honra por
tudo que ela representa e pelas causas que defende. Nossa convivência
como ministros foi extremamente produtiva e até hoje compartilhamos
amizades de brasileiros devotados à causa pública. Esse reencontro
democrático me enche de orgulho", escreveu em uma rede social.
Marina ficou em oitavo lugar no primeiro turno, com 1% dos votos. Ela
obteve apenas 1.069.577 votos, ficando atrás de Bolsonaro (49,2
milhões), Fernando Haddad (31,3 milhões), Ciro Gomes (13,3 milhões),
Geraldo Alckmin (5 milhões), João Amoêdo (2,6 milhões), Cabo Daciolo
(1,348 milhões) e Henrique Meirelles (1,288 milhões).
Diário do Nordeste