O Governo do Estado ampliou as áreas consideradas de emergência por
causa do recente surto de Peste Suína Clássica (PSC) no Ceará. Em
decreto publicado no Diário Oficial na última segunda-feira, 19, as
áreas geográficas da região do Sertão de Sobral, da Serra da Ibiapaba e
do Maciço de Baturité foram definidas como zonas afetadas. Nelas, uma
série de medidas entrou em vigor visando a contenção e a eliminação do
vírus.
De acordo com o documento, “ficam interditadas todas as propriedades
rurais e outros estabelecimentos com suínos e produtos que representem
risco para manutenção ou difusão da doença”.
A necessidade da imediata aplicação de medidas específicas para
contenção e eliminação do agente viral foi considerada para prevenir a
disseminação do vírus para outras áreas no Estado.
Mesmo estando proibida a saída dos animais das zonas em estado de
emergência, a movimentação dos suínos e produtos de risco pode ser feita
desde que haja autorização da equipe técnica responsável pela execução
das operações de campo.
Ceará
Neste ano, o primeiro caso de Peste Suína Clássica no Ceará foi
identificado em outubro no município de Forquilha. A priori a área
contaminada havia sido isolada. Dias depois, porém, a doença se espalhou
para as cidades de Groaíras, Santa Quitéria e Varjota.
Contaminação
A contaminação acontece geralmente por via oronasal (pelas cavidades do
nariz e da boca), sendo a doença considerada fatal quando em estágio
mais forte do vírus. A transmissão pode ocorrer por alimentos ou água
contaminados; contato com animais infectados; e equipamentos sujos e
roupas de indivíduos que mantiveram contato direto com animais doentes.
A detecção é realizada por meio de exames laboratoriais, nos quais é
necessária a retirada de sangue para fazer a análise, que demora, em
média, sete dias para ficar pronta. A doença não oferece risco à saúde
humana, nem afeta outras espécies animais.
O POVO Online