A Polícia Federal (PF) investiga vídeos divulgados na internet em que
homens ameaçam de forma ostensiva o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). As
imagens estão sendo submetidas à análise do Departamento de Inteligência da PF.
Os detalhes são mantidos sob sigilo por questão de segurança.
Bolsonaro já havia também relatado ameaças. Agentes responsáveis pela
inteligência da PF confirmaram que, no fim de semana, houve a divulgação de
vídeos suspeitos.
Desde que sofreu o atentado, em setembro, em Juiz de Fora, Minas Gerais,
quando foi atingido por uma faca no abdômen, Bolsonaro passou a andar com uma
escolta policial reforçada.
Apesar do esquema rigoroso de segurança, uma manifestante conseguiu se
aproximar nesta terça-feira (20) do local de desembarque de autoridades no
gabinete de transição no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e agredir
verbalmente o presidente eleito, com xingamentos.
Reuniões
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), esteve nesta
quarta-feira (21) por cerca de meia hora com Bolsonaro. Após o encontro, Fux
saiu sem falar com a imprensa. O encontro ocorre no momento em que o presidente
Michel Temer avalia a possibilidade de reajuste para os ministros do STF.
Fux é o relator das liminares concedidas por ele, em 2014, que garantiram
o pagamento de auxílio-moradia a juízes federais. O tema deverá entrar em pauta
nos próximos dias.
Pela manhã, o futuro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi o
primeiro a chegar ao gabinete de transição. Em seguida, Bolsonaro desembarcou
no local com o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional). O
secretário-geral da equipe transição de governo, Gustavo Bebbiano, também
estava no local.
Diário do Nordeste