Em uma comemoração pelo aniversário de 80 anos do
Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nesta segunda-feira, o atual
ministro da pasta, general Sérgio Etchegoyen, defendeu cautela e
"cuidados mais intensos" nas decisões relacionadas à posse e segurança
do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Segundo ele, o futuro presidente
sofreu novas ameaças nos últimos 15 dias.
"Eu posso te falar que até 15 dias houve mais ameaças sim. Em relação
ao desfile em carro aberto, essa decisão ainda não foi tomada. Óbvio
que a segurança sempre assessora, mas a decisão será do
presidente", respondeu
O general destacou que é uma situação que "exige mais cuidado".
"Nós temos um presidente que sofreu um atentado, que vem sofrendo
agressões frequentes, basta ver nas redes sociais, e a quem tem de ser
dado a garantia das melhores condições de governo. Certamente a
segurança do presidente eleito exigirá cuidados mais intensos. Eu
presidiria tudo com cautela", afirmou Etchegoyen.
O evento ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a presença do
futuro ministro do GSI, general Augusto Heleno, que ao final da
cerimônia elogiou a atual gestão do ministério e sinalizou que, pelo
menos no início do novo governo, não deve haver muitas trocas de nomes
na pasta:
"Não tem também muita coisa para mexer. Vocês viram aí o prestígio do
GSI, as inúmeras missões, a necessidade da proximidade do GSI com o
presidente, então isso me preocupa muito mais do que mexer em gente. No
nosso meio, tanto GSI quanto ministério da Defesa, são dois ministérios
que já vinham bastante arrumados", defendeu Augusto Heleno.
O general do Exército Luiz Fernando Estorilho Baganha será o
responsável por chefiar a segurança do presidente eleito Jair Bolsonaro a
partir do dia 1º de janeiro, quando ele tomar posse. A indicação dele
foi citada e confirmada na manhã desta segunda-feira pelo atual ministro
do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen.
"A segurança do presidente é da Secretaria de Coordenação e
Segurança, que é o general Moreno hoje mas já tem até substituto
nomeado, que é o general Baganha. E certamente a segurança do presidente
eleito e da nova administração exigirá cuidados mais intensos e
precisos", afirmou Etchegoyen após um evento no Palácio do Planalto.
Baganha assumirá o cargo de Secretário de Segurança e Coordenação
Presidencial, pasta que é ligada ao GSI. Hoje o posto é ocupado Nilton
Moreno, que também é general.
Baganha é o atual Diretor de Avaliação e Promoções do Exército
Brasileiro. Nasceu em Curitiba mas ingressou na carreira de militar no
Rio de Janeiro, em 1983.
(Diário do Nordeste)