O governador Camilo Santana (PT) deve anunciar hoje os nomes dos
integrantes das 21 secretarias estaduais do seu segundo mandato, que
começa a partir de 1º de janeiro de 2019.
Até agora, pelo menos quatro deles já são conhecidos: Socorro França,
Arialdo Pinho e André Costa, titulares de pastas na primeira gestão
(Justiça, Turismo e Segurança Pública, respectivamente), e Luís Mauro
Albuquerque, hoje secretário da Justiça e da Cidadania (Sejuc) do Rio
Grande do Norte.
No novo arranjo da administração de Camilo, que reduziu as secretarias
de 27 para 21 e cortou quase mil cargos comissionados, França foi
deslocada para a chefia da Secretaria da Proteção Social, Justiça e
Direitos Humanos.
Além deles, foram sondados Carlos Roberto Martins Rodrigues (Cabeto),
que admitiu ao “Blog Política” ter aceitado convite do governador para
assumir a Secretaria da Saúde, e Francisco de Assis Diniz, que deve
continuar à frente da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (DAS).
Também alvos de rumores, Fabiano Piúba (Cultura) e Élcio Batista
(Gabinete) se mantêm no governo – o primeiro na mesma pasta e Batista na
Casa Civil, comandada por Nelson Martins, que iria para a Articulação
Política, nova função dentro do desenho elaborado pelo titular da
Secretaria do Planejamento Maia Jr., cuja permanência ainda é incerta.
Até ontem à noite, o governador se dedicava exclusivamente à formatação
do governo, que precisa acomodar parte dos representantes das 24
legendas que apoiaram o petista na disputa pelo Palácio da Abolição.
O petista tem discutido em paralelo um nome de consenso para a
presidência da Assembleia Legislativa do Estado (AL-CE). Hoje, o maior
partido da Casa, o PDT, tem pelo menos três nomes fortes na disputa: Tin
Gomes, Evandro Leitão e Zezinho Albuquerque, atual presidente.
Camilo interrompeu essas conversas com deputados e auxiliares diretos
para cumprir agenda em Brasília nessa quinta-feira, de onde voltou ainda
ontem. Ele foi à capital federal à procura de recursos para o Ceará
enquanto aliados ocupam postos-chave.
É o caso do senador e presidente do Congresso Eunício Oliveira (MDB),
cujo sobrinho, o deputado estadual Danniel Oliveira (MDB), é cotado para
ocupar uma secretaria de Camilo. Eunício foi pessoalmente convidado
pelo governador para participar da gestão, mas disse que preferia se
voltar para assuntos nacionais a partir do ano que vem.
Procurado pelo O POVO, o presidente do PT, deputado Moisés Braz, afirmou
que há quatro nomes à mesa para integrar um posto no governo: além de
Francisco de Assis, estão na lista Dedé Teixeira e Rachel Marques, que
podem ter funções na equipe, não necessariamente como titulares de
pastas.
O dirigente petista também assegurou que o partido tem uma última
conversa com Camilo hoje, ao meio-dia, antes da divulgação dos nomes do
secretariado.
Governador deve contemplar aliados petistas, como Elmano Freitas, cotado
para assumir a liderança de Camilo na Assembleia Legislativa.
O PT vem tentando ampliar espaços no segundo mandato. Redução no número
de pastas, no entanto, dificulta entrada de outros nomes da legenda no
Abolição
(O POVO)