Morreu na noite de sexta-feira (30) um dos três alunos de uma academia de natação em Campinas (SP) que sofreram intoxicação aguda por inalação de cloro.
Samuel Rodrigues Squarisi, de 38 anos, estava internado na UTI do HC da
Unicamp desde a quinta (29), depois que um funcionário da HydroCenter
misturou dois tipos de cloro, usados tradicionalmente para tratamento de
piscinas de maneira individual.
O corpo de Samuel seguiu na manhã deste sábado (1º) do IML de Campinas
para a cidade de Batatais (SP), na região de Ribeirão Preto (SP), onde
será velado.
De acordo com o médico Eduardo de Capitani, do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) da Unicamp, a junção provocou a produção de um gás extremamente tóxico para os pulmões. A substância não chegou nem a ser jogada na água.
"Essas substâncias têm de ser usadas separadamente. A junção delas, mais a água, fez uma reação química que liberou uma quantidade muito grande de cloro, livre, que é um gás, o cloro livre é uma das substâncias mais tóxicas para o pulmão", explicou Capitani.
Segundo o especialista, a mistura foi um erro involutário do
funcionário que trata as piscinas na noite de quinta-feira. Pelo menos
nove pessoas foram afetadas pela reação química.
De acordo com o Ciatox, as outras seis pessoas que inalaram a
substância passam bem, mas estão recebendo atendimento por telefone e
foram orientadas a procurar atendimento médico por existir a
possibilidade do efeito aparecer mesmo após 48 horas.
Uma mulher de 51 anos segue internada no Hospital de Clínicas da
Unicamp, "em estado estável e com discreta melhora", segundo a unidade
médica, enquanto um homem de 37 anos está no Hospital Vera Cruz - o
hospital não divulgou o estado de saúde. O rapaz que manipulou as
substâncias foi atendido, mas não chegou a ter reação.
(G1)