O ano de 2018 foi marcado por crimes brutais e de grande repercussão.
Confira algumas das ocorrências policiais mais marcantes no Ceará.
Em 1º de janeiro, homem transitou por horas com o corpo de
Stefhani Brito na garupa da motocicleta. Ele abandonou o corpo da mulher
às margens da lagoa da Libânia, no bairro Mondubim. O crime chocou os
moradores pela crueldade. O principal suspeito, Alberto Calixto,
ex-companheiro de Stefhani, teve a prisão decretada. Após quase um ano,
segue foragido.
No dia 5 de janeiro, aproximadamente 20 famílias foram expulsas
das suas respectivas residências na comunidade Barroso 2, no Passaré. Os
moradores resolveram deixar as casas da rua Unidos Venceremos depois
que os muros amanheceram com pichações de facções criminosas que exigiam
a saída das famílias.
No dia 8 de janeiro a primeira chacina do ano aconteceu em
Maranguape, Região Metropolitana de Fortaleza, onde quatro pessoas foram
executadas em uma residência no alto da serra de Maranguape. O local
era de difícil acesso e o Corpo de Bombeiros foi acionado para a
retirada dos corpos.
No dia 27 de janeiro Fortaleza registrou a maior chacina do Ceará
até hoje, um crime que gerou repercussão internacional. Foram
executadas 14 pessoas em casa de eventos denominada "Forró do Gago". O
lugar ficava no bairro Cajazeiras, mas após ser marcado pela tragédia o
proprietário extinguiu o lugar.
Em 16 de fevereiro, foram assassinados no Ceará os homens que
eram considerados os maiores líderes da facção criminosa PCC (Primeiro
Comando Capital) fora dos presídios, de acordo com a Polícia Civil de
São Paulo. Rogério Jeremias de Simone, conhecido como Gegê do Mangue, e
Fabiano Alves de Souza, chamado de Paca, foram mortos a tiros em suposta
emboscada em Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza.
No dia 10 de março, o bairro universitário do Benfica foi o local
onde aconteceram sete assassinatos em sequência. Os crimes foram
registrados na Praça da Gentilândia e nas imediações da Torcida
Organizada do Fortaleza (TUF), localizada na Vila Demétrio e rua Joaquim
Magalhães.
Em 2 de maio, o humorista Francisco Fonseca Neto, o Fonsequinha,
de 52 anos, foi morto a tiros quando dirigia para um aplicativo de
transporte. O passageiro do cliente, Robson Borges da Silva Filho, de 23
anos, também morreu na ação. O humorista trabalhou em programas
televisivos durante anos.
Em 11 de junho, Giselle Távora Araújo foi assassinada. A
universitária teve o automóvel confundido com o de assaltantes e foi
alvo de policiais militares. O veículo foi atingido por disparos e um
dos tiros atingiu as costas da vítima. Giselle foi encaminhada ao
Instituto Doutor José Frota (IJF), Centro, mas não resistiu aos
ferimentos. O crime aconteceu na avenida Oliveira Paiva, bairro Cidade
dos Funcionários. A família de Giselle pediu Justiça para o caso e a
Controladoria Geral de Disciplina (CGD) havia iniciado uma apuração.
Em 23 de agosto, o sargento José Augusto de Lima, 58; o tenente
Antônio César Oliveira Gomes, 50; e o subtenente Sanderley Cavalcante
Sampaio, 46, foram mortos a tiros em um bar no bairro Vila Manoel
Sátiro, em Fortaleza. Dois dos agentes eram da reserva. O crime foi
considerado uma chacina em virtude das vítimas não terem a chance de
defesa. Os policiais foram surpreendidos no bar. Todos morreram no
local.
Em 27 de outubro, Charlione Lessa Albuquerque, de 23 anos, foi
morto durante uma carreata pró-Fernando Haddad (PT). O crime aconteceu
em Pacajus e a vítima estava em um automóvel quando os executores foram
na direção de Charlione e o executaram. Ele chegou a ser socorrido para
unidade hospitalar local, mas não resistiu aos ferimentos. Suspeitos do
crime foram presos e a Polícia Civil afirmou que o crime não foi
motivado por política.
Em 30 de outubro, um homem de 40 anos teve a casa, no bairro
Passaré, invadida e foi retirado por criminosos na presença da família.
Ele foi torturado e morto. A motivação do crime é que a vítima teria
relatado na comunidade que votou em Jair Bolsonaro (PSL). Os acusados
foram presos. A família da vítima foi acolhida pelo programa de proteção
à testemunha da Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus).
Em 7 de dezembro, 14 pessoas foram mortas durante ataque a banco
na Cidade de Milagres, sendo elas seis reféns e oito criminosos. A
Polícia Militar estava no local e interceptou assaltantes de banco,
houve troca de tiros e entre as vítimas estava uma família pernambucana.
O caso ganhou repercussão internacional e é investigado a partir de uma
força-tarefa montada pelo governador Camilo Santana.