Os recentes ataques no Ceará
comprometem o funcionamento dos serviços públicos em alguns bairros de
Fortaleza. As consequências dos crimes são vistas nas ruas, com
interrupção parcial de algumas linhas de ônibus, energia elétrica e
coleta de lixo, que em alguns bairros foi impedida por ordem de facções.
A Prefeitura da capital informou que a situação deve ser regularizada
até esta sexta-feira (11).
O estado vive uma onda de ataques desde 2 de janeiro. Entre os alvos dos criminosos estão veículos de empresas e estatais que prestam serviços, como Correios e Enel, distribuidora de energia no Ceará.
A onda de violência é uma represália à ação do governo de aumentar o rigor na fiscalização das unidades prisionais e acabar com a divisão de presos segundo facções que eles integram.
O governador Camilo Santana (PT) informou que chefes de facções
criminosas que estavam presos no Ceará foram transferidos a presídios
federais. Santana também comunicou que 277 suspeitos foram capturados por envolvimento nos ataques. Em uma semana, são 183 ataques em 43 cidades.
Em alguns bairros de Fortaleza, como Jardim União, Bom Jardim e a
comunidade da Babilônia, os criminosos destruíram luzes da iluminação
pública e danificaram a fiação de postes, deixando a população sem
energia elétrica. Com medo dos ataques, os funcionários responsáveis
pela manutenção evitam fazer reparo nos locais.
A Enel informou que retoma, aos poucos, os serviços de reparo e
manutenção da rede elétrica. Já nos locais onde são identificadas
situações de risco, "há uma demora maior no atendimento, uma vez que é
necessária a escolta da Polícia Militar", informa a empresa.
No período da noite são realizados apenas atendimentos emergenciais, em locais com risco de vida para a população.
(G1)