A Polícia Federal em Pernambuco
divulgou nesta quinta-feira (3) um alerta para pais e responsáveis a respeito
de um novo jogo perigoso para crianças e adolescentes que está circulando nas
redes sociais. Trata-se do 'Desafio Bird Box' ou ' Desafio Caixa de Pássaros',
que já viralizou na Internet. O filme, que é estrelado pela atriz Sandra
Bullock, foi exibido em dezembro do ano passado e se tornou um dos maiores
sucessos de audiência. Porém, uma situação tem chamado a atenção da própria
Netflix, o que já motivou a publicação de uma nota desencorajando as pessoas a
participarem de tais desafios, devido aos perigos da tal brincadeira.
Nos vídeos postados, diversos
internautas aparecem tentando realizar tarefas cotidianas com os olhos
vendados, como se vivessem no mundo fictício do filme, onde criaturas
misteriosas invadem a terra, levando todos que olham para elas a enlouquecer e
cometer suicídio. "O desafio consiste em fazer tarefas e/ou missões com os
olhos vendados como os personagens do filme", explicou o assessor de
Comunicação Social da PF, Giovanni Santoro.
"Tal atividade parece
simples e inocente, mas as pessoas estão perdendo a noção e fazendo coisas
realmente perigosas, como atravessar a rua correndo o risco de serem
atropeladas ou cair num buraco, andar pela casa correndo o risco de bater a
cabeça nos móveis ou nas paredes provocando traumatismos cranianos ou quebra de
pernas e braços ou até mesmo cair de determinadas alturas", diz.
A PF orienta ainda que pais e
responsáveis redobrem a atenção e fiquem atentos ao que os filhos estão fazendo
ou sendo encorajados por terceiros para praticar tais desafios com o objetivo
de evitar tragédias ou acidentes que coloquem em risco a vida de seus
familiares, principalmente das crianças. "No Youtuber já tem inclusive
vários vídeos com adolescentes brasileiros realizando tais desafios",
comentou. Segundo a PF, dependendo da situação, quem incentiva ou induz tais
práticas poderá ser responsabilizado por lesão corporal grave ou seguida de
morte com penas que podem variar de 1 até 12 anos de reclusão.
Diário de Pernambuco