Uma briga foi registrada na Câmara Municipal de Madalena, na tarde
desta quinta-feira (7), durante o pronunciamento de um vereador que é
alvo de um pedido de cassação do mandato, por quebra de
decoro ao usar um atestado médico falso, conforme a denuncia
protocolada no local. O denunciado seria o vereador João Paulo Ribeiro
da Rocha, conhecido popularmente como João da Pipa, que se envolveu na
briga, mas foi contido por outras pessoas que presenciaram a confusão.
O tumulto teve início durante o pronunciamento do vereador sobre o
pagamento retroativo dos servidores do município. Na ocasião, um grupo
de pessoas a favor do político discutiu com outro, que é contra. Após a confusão, a sessão na Câmara Municipal foi encerrada.
Num vídeo gravado pelo vereador João da Pipa e divulgado em uma rede social, o político alega sofrer perseguições e se
coloca à disposição da população e da Câmara para prestar
esclarecimentos sobre a acusação. O político classificou a denúncia
como “armação feita por pessoas levianas que não têm coragem de
trabalhar, para atingir um grupo político que está fazendo diferente".
Uma briga foi registrada na Câmara Municipal de Madalena, na tarde desta quinta-feira (7), durante o pronunciamento de um vereador que é alvo de um pedido de cassação do mandato por quebra de decoro parlamentar. https://t.co/WZXgZunJ6Q #DiáriodoNordeste pic.twitter.com/ZgXiLbBvjC— Diário do Nordeste (@diarioonline) 8 de fevereiro de 2019
Denúncia
Segundo o autor do pedido de cassação, que já foi protocolado pela
Promotoria de Justiça da cidade, o vereador teria apresentado um
atestado médico falso para justificar a ausência em uma sessão ordinária
da Câmara ocorrida em 13 de dezembro de 2018.
Conforme as informações apresentadas no documento, no dia do atestado
em que alegou doença, João da Pipa estaria assistindo um jogo de
futebol da Seleção Feminina de Madalena no estádio Castelão, em Fortaleza.
De acordo com a denúncia, no dia 19 de dezembro João da Pipa
apresentou o atestado ao presidente da câmara municipal, Paulo Cezar
Rocha Craneiro, que enviou ofício à direção do Hospital e Maternidade
Mãe Totonha, que constava no documento, solicitando cópia das fichas de
atendimento do vereador.
Após a entrega dos documentos pelo hospital foi constatado que o
médico Keller Fonseca, que teria assinado o atestado, não havia
realizado atendimento na unidade de saúde na referida data de 13 de
dezembro. Além disso, o nome de João da Pipa aparece nas fichas de
atendimento na última linha, porém preenchido com outra letra e sem a
assinatura do paciente.
(Diário do Nordeste)