O Centro de Treinamento (CT) do Flamengo, conhecido como Ninho do Urubu, onde 10 jogadores morreram em um incêndio na última sexta-feira (8), passará amanhã (12) por vistoria de diversos órgãos. Dependendo do que for constatado, não está descartada nem mesmo a interdição total ou parcial do local. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (11), após uma reunião entre representantes do clube, do Ministério Público (MP), da Defensoria Pública, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e da prefeitura do Rio.
O procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, ressaltou que a diretoria
do Flamengo assumiu todas as suas responsabilidades na tragédia e se
comprometeu a dar todo tipo de acolhimento às famílias dos jogadores.
Gussem disse que a vistoria no Ninho do Urubu poderá gerar até mesmo sua
interdição total ou parcial.
“Iremos realizar, a partir de amanhã, perícias amplas no centro de
treinamento, com todas as estruturas governamentais, para que possamos
analisar em que condições se encontra o CT e se há necessidade de uma
interrupção plena ou parcial das atividades. Iremos junto com o Corpo de
Bombeiros, a Defesa Civil, a prefeitura do Rio e o Ministério Público
do Trabalho fazendo essas análises pormenorizadas”, disse Gussem, após a
reunião.
O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, fez um pronunciamento e saiu
sem responder a perguntas de jornalistas. Ele reiterou que todos os
esforços no momento são no sentido de amparar as famílias das vítimas.
“O foco principal é assistir às famílias. O clube, nesses dias, trouxe
os familiares para o Rio. Colocamos psicólogos, não poupamos recursos
para minimizar a dor e o sofrimento dessas pessoas. Falamos da nossa
vontade de indenizar essas famílias o mais rapidamente possível,
buscando com a Defensoria um processo de mediação, fazendo com que isso
possa terminar o mais rápido possível. Pois, às vezes, os processos
judiciais demoram muito tempo. Caso haja algum tipo de pendência para a
manutenção do centro de treinamento, nós estaremos focados para corrigir
isso no menor prazo possível”, disse Landim.
O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro,
Fábio Goulart Vilella, que também participou da reunião, disse que a
entidade fará um esforço para fiscalizar todos os centros de treinamento
no estado do Rio.
Uma nova reunião foi marcada para a próxima sexta-feira (15), para avaliar os resultados da perícia.
(Agência Brasil)