Semanas após a mudança do local da Feira da Parangaba, as queixas de feirantes ainda não cessaram. Falta de estrutura,
como banheiros e estacionamento, além da dificuldade em impulsionar as
vendas, são alguns dos pontos elencados pelos que passam pelo local
durante os fins de semana. Agora, desde janeiro, a feira está localizada
na Rua Pedro Muniz, abrigando cerca de 1.100 trabalhadores
cadastrados pela Secretaria Regional IV.
Daniela Beserra, feirante há seis anos, relatou as dificuldades constantes no novo espaço designado para as vendas. "Mudar para cá foi bem caótico.
As dependências daqui são muito ruins. Existem, mas são precárias. Em
dias chuvosos assim tem poucas pessoas, mas em dias normais fica tudo
lotado, então é difícil", explicou na manhã deste domingo (24).
Outra preocupação entre os que montam barracas na
feira é a questão do espaço de cada um. Para Sebastião Benedito, 49,
trabalhando há 22 anos como feirante, está complicado achar um ponto
fixo para fazer as vendas. "Nós estamos nesse lugar hoje, mas já sabemos
que da próxima vez pode ter outra pessoa aqui. Está muito
constrangedora toda essa situação", diz. Segundo ele, é necessário
chegar na rua ainda no sábado à tarde para garantir um local, o que
impossibilita a identificação dos clientes.
Obras
Com a realocação da feira, as obras de requalificação do entorno da Lagoa da Parangaba, iniciadas ainda em agosto do ano passado, puderam ser continuadas. A previsão é
de que uma praça com diversos serviços seja concluída. Além disso, nas
proximidades da feira, uma área para prática de esportes, quiosques e
banheiros devem ser construídos. A conclusão deve acontecer em setembro deste ano.
(Diário do Nordeste)