O deputado Eduardo Bolsonaro justificou o fato de
os Estados Unidos não oferecerem reciprocidade ao Brasil para isentar
turistas de visto para entrada no país. Segundo ele, há mais brasileiros
que passariam a viver ilegalmente nos EUA com isso.
Eduardo, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara,
ainda classificou os imigrantes em situação irregular fora do País como
uma "vergonha nossa".
"Um brasileiro ilegalmente fora do País é um problema do Brasil, isso
é vergonha nossa, para a gente. Um brasileiro que vai para o exterior e
comete qualquer tipo de delito, eu me sinto envergonhado", afirmou o
deputado, ao fim de evento organizado por Steve Bannon, em Washington, prévio à chegada de Jair Bolsonaro à capital americana.
Questionado sobre os EUA não oferecerem reciprocidade ao Brasil na
isenção de vistos, Eduardo respondeu: "A pergunta que eu faço é o
seguinte: quantos americanos vão aproveitar essa brecha e vir morar
ilegalmente no Brasil? Agora vamos fazer a pergunta contrária: se os EUA
permitirem que brasileiros entrem lá sem visto, quantos brasileiros vão
para os Estados Unidos, sem visto se passando por turista, e vão passar
a viver ilegalmente aqui?". "Será que estou falando algum absurdo em
dizer que, sem a necessidade de um visto, várias pessoas entrariam nos EUA de maneira ilegal e ilegalmente permaneceriam lá? Eu acredito que não", emendou o deputado e filho do presidente.
Ao falar sobre perspectivas do encontro entre Jair Bolsonaro e o
americano Donald Trump, o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do
presidente, disse o encontro vai ser "bem descontraído".
"Tanto Trump
como Jair Bolsonaro pisam fora do politicamente correto e
isso é algo que atrai muito a simpatia das pessoas e são duas pessoas
carismáticas. Vai ser um encontro bem descontraído, acho que em pouco
tempo eles não se sentir confortáveis e ter uma conversa franca e
aberta. E além disso é uma aproximação que há tempos a gente não via
entre os presidentes dos dois países", disse o deputado.
Ele minimizou o fato de a aproximação com Bannon gerar ruído no governo americano. Após ser estrategista de Donald Trump, Bannon foi demitido da Casa Branca e já foi chamado de traidor por Trump.
Diário do Nordeste