Especialista orienta sobre como lidar com risco da boneca Momo

 
 
A personagem Momo, criada a partir de uma escultura   ("Mother Bird", mãe pássaro) criada pela empresa de efeitos especiais japonesa Link Factory, voltou a agitar as redes sociais, após uma reportagem publicada na sexta-feira passada na revista "Crescer" sobre relatos da aparição da boneca macabra, ensinando o desafio de se suicidar, em vídeos voltados ao público infantojuvenil no YouTube. A Kaspersky Lab, empresa internacional de cibersegurança, divulgou, nesta segunda-feira, uma série de recomendações aos pais.  
O YouTube comentou o retorno do caso Momo às redes sociais: "Sobre o desafio Momo: não encontramos nenhum vídeo que promova um desafio Momo no #YouTubeKids. Qualquer conteúdo que promova atos nocivos ou perigos é proibido no YouTube. Se encontrar algo parecido, denuncie", informou o YouTube.
 
 
Para David Emm, pesquisador de segurança e membro da Equipe de pesquisa e análise global da Kaspersky Lab, o suposto "desafio" Momo ainda tem criado pânico e histeria em toda a internet, pois, há quase um ano, tem ganhado proporções diferentes e chamado a atenção das pessoas em diferentes países. 
"É importante lembrar que isso não é uma ameaça cibernética genuína no sentido de infectar ou corromper dispositivos ou até mesmo tentar roubar, no entanto, é uma piada maliciosa que pretende chocar e desestabilizar os usuários. E, à medida que o mistério em torno do desafio cresce, as chances de mais pessoas serem tentadas a assustar seus amigos ou, mais preocupantemente, usar o meme para assediar e intimidar, aumentam", comentou o especialista.

Para os pais, uma ameaça como essa pode parecer, infelizmente, muito tentadora, já que seus filhos, que nunca conheceram um mundo sem internet, navegam no mundo online em alta velocidade, observou David Emm. 
 
 
"Talvez seja por isso que as crianças são, muitas vezes, as primeiras a serem expostas ao novo conteúdo que circula na internet, já que fazem buscas e compartilham informações constantemente", destacou. 
 
 
Ele recomenda o constante diálogo com os filhos sobre conteúdos maliciosos. "Embora isso não pareça ser uma tentativa de espalhar malware, é um lembrete oportuno de que, como pais, precisamos manter um contato próximo com o mundo online de nossos filhos e que o diálogo aberto é a melhor defesa contra conteúdos maliciosos e ameaças cibernéticas, bem como não aceitar/abrir qualquer conteúdo de fontes desconhecidas", observou. 
Eis alguns conselhos dados pelo pesquisador:


  • Ter conversas regulares com o (s) seu (s) filho (s) – conscientize-os sobre como estar seguro online – e entrem em um acordo sobre quais sites são apropriados para eles e garantir que entendam o raciocínio por trás disso. Eles também precisam saber que podem – e devem – confiar em um adulto se notarem alguma coisa perturbadora enquanto estiverem online;
  • Certifique-se de que seu filho entenda que ele não deve "fazer amizade" com alguém online que não conhece na vida real ou adicionar números desconhecidos a seus contatos – as pessoas online nem sempre são honestas sobre quem são e o que querem;
  • Ativar configurações de segurança – configurações como a reprodução automática devem ser desativadas e os controles parentais podem ser instalados para ajudar a evitar que as crianças visualizem conteúdo impróprio;
  • Faça uso de recursos, como mudo, bloqueio e relatório – isso os protegerá de muitos conteúdos nocivos;
  • Nunca compartilhe informações pessoais, como números de telefone, endereços, etc, com pessoas que você não conhece
Diário do Nordeste

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