De acordo com dados do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o Ceará é o segundo estado do
Nordeste com militares ativos, somando um total de 18.976. Do total,
os que irão se aposentar na projeção para 2021, com cerca de 3.837,
representa um percentual de 20% do quadro de militares do Estado. Já
para a projeção de 2031, cerca de 55% do corpo de militares do Estado
irão se aposentar.
Além disso, o tempo máximo de reserva de militares no Ceará é de 59 anos, o que corresponde a 35 anos (25 efetivos, no mínimo).
“O contingente de militares do Ceará é um dos maiores do
Brasil. A receita corrente líquida do Estado certamente vai subir
futuramente por conta disso. A folha de pagamento dos militares vai
ficar constante e a folha de inativos vai crescer nos próximos anos, uma
vez que as concessões de benefícios deverão ser muito superiores aos
cancelamentos por morte”, apontou Cláudio Hamilton, coordenador de
políticas macroeconômicas do Ipea.
Ainda de acordo com a fonte do Ipea, a média de gastos com folhas de pagamento do Ceará é inferior à média nacional do Brasil.
No Nordeste
Alguns estados do Nordeste possuem um contingente de
militares ativos reduzido, o que ocasiona uma maior porcentagem maior de
gastos com folha de pagamento em aposentadorias na projeção para 2031,
como Sergipe (79%), Piauí, (68%), Alagoas (60%), Pará (61%), Rio Grande
do Norte (58%), Maranhão (56%), Pernambuco (55%) e Ceará (55%), na
mesma colocação, e por último, Bahia (54%).
“Nós temos situações em alguns estados, como Sergipe,
onde 80% vão se aposentar até 2031, então existem regiões com números
potencialmente mais grave”, analisa o especialista.
Diário do Nordeste