Conheça o novo diretor executivo do Museu Diocesano Dom José em Sobral

 


Novo diretor, além de ser professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), função que não abandonará, é ainda Cavaleiro da Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém. Emoção tomou conta ao jurar fidelidade com a mão sobre a Bíblia Sagrada


Com a mão sobre as Sagradas Escrituras, José Luís Lira jurou fidelidade à sua nova missão de diretor executivo do Museu Diocesano Dom José em Sobral na manhã da terça-feira (2) em reunião do conselho presbiteral presidida pelo bispo da diocese de Sobral Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos, no Centro de Treinamento de Sobral (CETRESO). Sendo a diocese proprietária do Museu, segundo os termos de convênio com a UVA o novo diretor também tomou posse no dia seguinte diante do Reitor da Universidade Estadual Vale do Acaraú, instituição que mantém o equipamento.


Segundo José Luís Lira, o convite partiu do bispo da Diocese ainda no ano passado, como não aceitou de imediato, Dom Vasconcelos teve tempo para conversar o reitor e a vice-reitora da UVA. “Sou professor do curso de direito da Uva há 14 anos. Não abro mão da sala de aula, mesmo assumindo essa função vou continuar em sala de aula, nas disciplinas que forem atribuídas a quem tem cargo de gestão. Sala de aula é vida”, explica o novo diretor.


Sua proximidade com a diocese vem de longa data. José Luís Lira já fora candidato ao seminário, sua educação formal foi realizada além da família, por um discípulo de Dom José Tupinambá da Frota (Monsenhor Antonino Soares), além de irmãs reparadoras do Sagrado Coração de Jesus: “Em 2015 fui escolhido Cavaleiro da Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém. É uma ordem pontifícia ligada ao papa. Ele que nomeia os membros. Então os meus laços com a igreja se estreitam e sempre andam juntos. Ano passado, por exemplo, as irmãs missionárias me indicaram para vice postulador da causa de beatificação do Pe. Arnóbio de Andrade”, destaca José Luís Lira.


O Museu


O novo diretor lembra-se da primeira vez que veio a Sobral: foi justamente para comprar um livro que estava à venda no Museu Dom José. Naquela época não entendia a dimensão de ser o quinto no Brasil referência em arte sacra. “O museu é um laboratório. É um local, espaço vivo de contemplação do passado e aprimoramento para o presente e futuro. É um espaço simbólico, para Sobral eu diria que é a casa da sobralidade”.


José Luís Lira admira a figura do idealizador e fundador do Museu: “Dom José é herói da sobralidade. Ele saiu de sobral para Roma, estudou e foi convidado para lecionar em Roma e em São Paulo e, deixou tudo isso para viver em Sobral, para ser pároco da cidade. Estando em Sobral se cria a diocese, e se criando ele é nomeado primeiro bispo, onde fica até morrer, fato que aconteceu justamente no prédio onde hoje é o museu”, ressalta ele.


Dirigir o museu é enxergar que naquele ambiente a memória se preserva. É compreender que naquelas peças precisa-se de dedicação e carinho, pois são raras. Para isso, o novo diretor além de se familiarizar mais com a situação do museu, pretende investir em parcerias e atratividade: “Vamos traçar um plano de ação, conversar com o bispo e com a Universidade e, articular um projeto conjunto com a própria sociedade. Trazer apoiadores diversos, reunir amigos e tornar o museu a casa de Sobral”, conclui.
Henrique Brito


Correio da Semana
Foto: Marcildo Brito.

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