O Tribunal de Justiça do Estado
de São Paulo (TJSP) tornou Jonatas Araújo dos Santos, acusado de matar a
transexual cearense Larissa Rodrigues da Silva, réu por feminicídio. O crime
ocorreu no dia 4 de maio deste ano, na capital paulista, e a acusação foi
recebida na última segunda-feira (13).
A denúncia foi acatada pelo
Tribunal no mesmo dia em que foi oferecida pelo Ministério Público de São Paulo
(MPSP). No processo, o promotor de Justiça Romeu Galiano Zanelli Junior alega
que Jonatas Araújo dos Santos utilizou meio cruel para cometer o crime, o que
dificultou a defesa da vítima. Além disso, ele ressalta que Larissa Rodrigues
foi executada por conta de sua condição como mulher transexual, o que configura
o feminicídio.
Crime
Larissa Rodrigues foi morta apauladas enquanto estava na Av. Indianópolis, na zona sul da capital paulista,
local em que realizava programas sexuais. De acordo com o MPSP, o crime ocorreu
após Jonatas Araújo parar o carro no local e começar a discutir com Larissa e
uma amiga dela, dizendo que "havia sido roubado". Elas responderam
dizendo que não sabiam de nenhum assalto e que não conheciam o homem.
O acusado chegou a deixar o local
de carro, mas voltou em seguida já desferindo golpes na cabeça de Larissa com
um pedaço de madeira, "com a intenção de matá-la", conforme a denúncia.
A vítima ainda tentou fugir e atravessar a rua, mas foi alcançada pelo homem.
Para o promotor, a intenção de
Jonatas Araújo em assassinar a transexual é incontestável. "É
inquestionável que o investigado empregou meio cruel para matar a vítima, pois,
ao golpeá-la na cabeça várias vezes com um pedaço de madeira, provocou-lhe intenso
e desumano sofrimento, muito além do necessário à obtenção do resultado
morte", afirmou.
Após assassinar a cearense, o
acusado ainda correu para tentar agredir a amiga de Larissa, mas não conseguiu
alcançá-la e fugiu de carro. Ele se apresentou à Polícia Civil de São Paulo
dois dias após o crime e está preso.