O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, defendeu hoje
(8) a manutenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras
(Coaf) em sua pasta. Segundo Moro, o Coaf é “estratégico” para o
enfrentamento da corrupção e do crime organizado.
“Sem informações sobre patrimônio dessas organizações criminosas, sobre
transações financeiras de lavagem de dinheiro, e, por vezes, o tempo é
fundamental para debelar e prevenir alguma dessas operações, sem falar
do problema do risco de financiamento ao terrorismo, nós não podemos ir
adiante. Para o Ministério da Justiça e da Segurança Pública, o Coaf é
estratégico”, disse Moro.
O ministro deu a declaração ao participar de uma audiência publica na
Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara
dos Deputados. Na reunião, houve bate-boca entre deputados da oposição e
da base governista.
Ontem (7), o líder do governo no Senado e relator da Medida Provisória
(MP) 870/19 sobre a reforma administrativa, Fernando Bezerra Coelho
(MDB-PE), apresentou o relatório sobre a medida. No seu parecer, Bezerra
mantém o Coaf no Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Anteriormente, o órgão estava no âmbito do Ministério da Fazenda.
O Coaf tinha 37 servidores até 2018. Hoje, o órgão tem 56 servidores e
Moro pretende aumentar esse número para 65 até o fim do ano. “Estamos
fortalecendo o Coaf. Queremos aumentar a integração do Coaf com o
ministérios públicos Federal e Estadual, a Polícia Federal e as
policiais estaduais. Entendemos que isso é estratégico para o
enfrentamento da corrupção e do crime organizado”, afirmou Moro.
Agência Brasil