Um sargento da Aeronáutica da tripulação que assumiria o voo do avião reserva do presidente Jair Bolsonaro foi detido nesta terça-feira (25) por transportar drogas em sua bagagem. A prisão ocorreu na escala na Espanha,
durante o percurso para o Japão. O episódio, que criou desconforto no
Palácio do Planalto, levou o governo a mudar a escala do presidente de
Sevilha para Lisboa.
No Twitter, Bolsonaro disse ter determinado ao ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva,
"imediata colaboração com a polícia espanhola, na pronta elucidação dos
fatos, cooperando em todas as fases da investigação, bem como
instauração de inquérito policial-militar". Segundo ele, caso seja
comprovada culpa do militar, o sargento será "julgado e condenado na
forma da lei".
O fato de Bolsonaro ter se pronunciado preocupou assessores, cuja avaliação é de que o presidente levou o problema para "o seu colo", quando o assunto era tratado longe do Planalto.
O sargento embarcou em Brasília, no avião reserva da Presidência o
Embraer 190, do Grupo de Transportes Especiais, da Força Aérea, que
transportava três tripulações de militares para a missão presidencial.
Nesta quarta-feira (26), a Guarda Civil espanhola informou que o sangento da FAB transportava 39 kg de cocaína em
sua mala. "O militar foi interceptado durante um controle com 39 quilos
de cocaína divididos em 37 pacotes" em sua mala, disse uma porta-voz da
força policial em Sevilha.
"Em sua mala, havia apenas drogas", afirmou.
De acordo com o porta-voz, o militar se apresentou ante um tribunal nesta quarta-feira, acusado de cometer delito contra a saúde pública, uma categoria que inclui o tráfico de drogas na Espanha.
(Diário do Nordeste)