O recente vazamento de conversas em aplicativos deixou muita gente preocupada com a segurança de suas próprias mensagens. 
 O G1
 selecionou dicas importantes de como aumentar a proteção do seu 
aparelho e também de suas contas em aplicativos de mensagens, como 
WhatsApp e Telegram. 
 As recomendações são: 
- Proteja o WhatsApp com senha
 - Proteja o Telegram com senha
 - Proteja a conta Google e o Apple ID com autenticação em duas etapas
 - Coloque uma senha no smartphone
 - Configure um bloqueio para a tela do celular
 - Tome cuidado ao compartilhar códigos recebidos por SMS
 - Instale somente aplicativos da loja oficial
 - Apague os dados do seu aparelho caso ele seja perdido ou roubado
 
 Quer
 saber mais sobre as dicas? Abaixo, veja detalhes e explicações de como 
ativar as configurações de segurança em cada uma delas.
 No WhatsApp, as mensagens ficam salvas apenas no aparelho do usuário – e
 elas podem ser salvas em um serviço de armazenamento em nuvem, como 
Google Drive ou iCloud. 
 Para proteger mensagens antigas, é possível desabilitar o backup do 
WhatsApp – isso impediria que as conversas fossem acessadas pelo backup 
salvo em serviço de nuvem. Por outro lado, a opção não daria acesso a 
esse material caso você mudasse de aparelho, por exemplo. 
 Para proteger ainda mais sua conta do WhatsApp, adicione a autenticação
 em duas etapas. Com ela, toda vez que alguém tentar entrar na sua conta
 do WhatsApp, terá de colocar uma senha de 6 números. O WhatsApp vai 
pedir essa senha depois de algumas semanas, para que você não esqueça 
dos números. 
 Para fazer a autenticação em duas etapas do WhatsApp, siga estes passos: 
- entre no menu de configurações do WhatsApp;
 - clique em "Conta";
 - depois, em "Confirmação em duas etapas";
 - e, finalmente, estabeleça uma senha e um e-mail de segurança.
 
 Caso isso 
não seja feito, um hacker que tiver acesso a uma conta poderá criar uma 
senha. Quando o dono tentar retomar a conta, vai ter de colocar a senha 
configurada pelo hacker – portanto, não conseguirá acessar o app. Por 
isso, é importante que a autenticação seja feita pelo usuário. 
 Ao contrário do WhatsApp, o Telegram funciona em nuvem, ou seja, as 
mensagens ficam armazenadas nos servidores da empresa. O aplicativo tem 
mais opções de segurança, mas é preciso ativá-las. Caso queira que suas 
conversas não fiquem salvas no servidor do Telegram, utilize o modo de 
"Chat Secreto". 
 Assim como no WhatsApp, é recomendável configurar uma senha para a 
autenticação em dois fatores. A diferença é no Telegram a senha pode ter
 letras, números e caracteres especiais – enquanto o WhatsApp só aceita 
uma senha de 6 números. 
 Além disso, no Telegram é possível configurar uma dica de senha também. 
 Para fazer isso, siga estes passos: 
- no aplicativo, clique em "Configurações";
 - depois, clique em "Privacidade e Segurança";
 - e, então, clique em “Autenticação em duas etapas' para configurar uma senha;
 
 Também é possível fazer definições de privacidade no Telegram na aba 
"Privacidade e Segurança". Por lá, você pode configurar quem tem 
autorização para ver algumas informações importantes, como o número de 
telefone, o último acesso e a foto de perfil. É possível até mesmo 
definir quem pode te adicionar em grupos. 
 Nessa aba, também existe a opção de configurar um período de tempo 
depois do qual as informações serão automaticamente deletadas caso o app
 fique inativo. 
 Menu 
de privacidade do Telegram permite configurar quem pode adicionar 
usuário em grupos ou ver informações pessoais. — Foto: Reprodução/G1 
3. Proteja a Conta Google e o Apple ID
 Se o seu telefone utiliza o sistema Android, ele será vinculado a uma conta do Google. Se for um iPhone, ele será vinculado a um Apple ID. 
 Isso significa que a segurança da sua conta protege dados dos seus aplicativos, fotos sincronizadas com a nuvem e muito mais. 
 Assim como nos aplicativos de mensagens, a verificação em duas etapas 
aumenta a segurança da sua conta, impedindo hackers de acessar seus 
dados apenas com o roubo da sua senha. 
 Google: No painel de segurança da sua conta Google,
 você pode ativar a verificação em duas etapas. O Google permite que 
você use um aplicativo gerador de código, códigos recebidos por SMS ou 
uma chave de segurança (método mais seguro, mas que requer a compra da 
chave). O uso do aplicativo gerador de código (Google Authenticator) é o método mais indicado. 
 Importante: Se você perder o acesso à sua linha ou ao seu telefone, 
você pode ficar impossibilitado de obter os códigos da verificação de 
duas etapas e não será possível recuperar o acesso à sua conta. Você 
deve gerar e guardar os códigos de backup, que são números de acesso 
fixos para serem usados no caso de problemas com o método preferencial. 
 Apple: Para ativar essa segurança extra a partir de um iPhone, siga estes passos: 
- clique em "Ajustes";
 - clique na opção de Apple ID, onde está o nome cadastrado no celular;
 - clique em "Senha e Segurança";
 - ative a autenticação em duas etapas, caso ela ainda não esteja ativada;
 - e adicione seu número aos "celulares confiáveis".
 
 Na conta 
Apple, a autenticação em dois fatores é ligada aos dispositivos da 
empresa e ao número de telefone. Assim, para se conectar à conta da 
Apple, além de saber a senha, um invasor precisaria também do código que
 é enviado a um dos aparelhos cadastrados na Apple ID. 
4. Coloque uma senha no celular
 A senha é o mecanismo de bloqueio mais seguro para o celular, mas também o menos conveniente. 
 Você pode optar por usar o bloqueio por padrão, FaceID e TouchID (iOS) 
ou reconhecimento de digital em telefones Android compatíveis. 
 Não utilize o reconhecimento facial em aparelhos Android: alguns 
telefones podem ser desbloqueados com uma foto ou vídeo da pessoa. 
 Usando o FaceID, é recomendável manter as medidas extras de segurança, 
como aquela que exige "atenção". Com essa função, é preciso olhar para a
 câmera para ser reconhecido, o que aumenta a segurança do desbloqueio. 
5. Configure o bloqueio automático da tela
 O bloqueio do telefone é imprescindível para resguardar a integridade 
do aparelho. Bastam alguns segundos com o aparelho em mãos para 
autorizar uma sessão do WhatsApp Web, ler SMS ou até configurar um 
encaminhamento de e-mail. No pior dos casos, alguém pode instalar 
aplicativos espiões. 
 O bloqueio do aparelho ajuda a impedir que isso ocorra. No entanto, 
para que a proteção seja efetiva, o bloqueio deve entrar em cena assim 
que o aparelho não estiver mais nas mãos do dono. 
 Android: os passos exatos dependem de cada modelo e versão do Android. 
- No painel "Configurar" ou "Configurações", primeiro procure por "Tela de bloqueio e segurança" ou apenas "Segurança".
 - Clique na "Engrenagem" ao lado da opção "Bloqueio de tela".
 - Escolha "Bloquear automaticamente", coloque a opção "Imediatamente".
 - Isso garantirá que o celular acione o bloqueio assim que a tela for desligada (ficar preta). Desative a opção de "Smart Lock", se estiver ligada.
 - Volte ao painel de Configurações e entre em "Tela". Toque em "Suspensão" ou "Modo de espera" e coloque algo entre 15 segundos e 1 minuto, dependendo do seu uso.
 
 iOS:
 os iPhones são mais simples quando se trata de bloqueio de tela. A 
suspensão não pode ser configurada, mas é possível estabelecer um tempo 
para o bloqueio. 
- Vá aos "Ajustes" e depois em "Tela e Brilho".
 - Clique em "Bloqueio automático".
 - Selecione a opção "30 segundos".
 
6. Instale somente aplicativos da loja oficial
 O Android tem
 uma loja oficial, a Play Store, do Google. O sistema, porém, permite 
que programas sejam baixados de outras lojas da internet. 
 Lojas de terceiros são mais perigosas e, às vezes, oferecem aplicativos
 acompanhados de programas espiões ocultos ou outros softwares 
prejudiciais. Por esse motivo, é preferível não buscar aplicativos fora 
da Play Store. 
 Alguns aplicativos são mais perigosos do que outros – um exemplo são os
 teclados personalizados, que têm acesso a tudo que é digitado, 
incluindo senhas – e devem ser instalados com cautela, mesmo que estejam
 disponíveis na Play Store. 
 O iPhone não
 permite que aplicativos sejam baixados fora da App Store. Para isso, é 
necessário um procedimento chamado de "jailbreak", que por si só 
compromete a segurança do telefone. Esse processo deve ser totalmente 
evitado. Baixando apenas aplicativos da App Store, a chance de baixar 
algum programa malicioso para o iPhone é bastante baixa. 
7. Atente para códigos recebidos por SMS
 Existem muitos golpes que envolvem a invasão de uma conta por meio de código de ativação enviado por SMS. 
 O mais comum é o caso do WhatsApp. Nesses golpes, os invasores 
convencem os usuários a compartilhar o código de ativação enviado por 
mensagem. Com esse código, o usuário pode se passar pelo dono da conta e
 ativar a sessão do serviço em um novo aparelho. 
É muito importante nunca fornecer o código de ativação recebido por SMS.
 Existem golpes feitos a partir do envio de códigos de outros serviços 
para seu telefone. Quando você informa o código na página falsa ou mesmo
 via SMS, o golpista rouba a sua conta no referido serviço 
(principalmente WhatsApp). Por isso, não compartilhe esses códigos. 
8. Seu celular foi roubado ou perdido?
 O Google e a Apple fornecem serviços para proteger os dados do seu 
telefone ou até impedir que criminosos possam utilizá-lo ou revendê-lo. 
 Essas opções devem ser utilizadas assim que o aparelho for roubado ou perdido: 
 Android:
 Em "Tela de bloqueio e segurança", certifique-se que o "Encontre meu 
dispositivo" está ativado. Se essa opção não estiver ativada, o serviço 
não vai funcionar. Se essa opção não estiver aparecendo porque você usa 
um modelo diferente de Android, acesse o site Encontre meu dispositivo do Google
 para ver se o seu aparelho aparece lá. Ao clicar no seu telefone, você 
terá opções para localizar, bloquear ou inutilizar o smartphone 
("Reproduzir som", "Proteger dispositivo" e "Limpar dispositivo", 
respectivamente). 
 iPhone: A opção para apagar a conta ou encontrar um aparelho perdido fica em "Buscar iPhone", no site do iCloud ou no aplicativo de mesmo nome, que pode ser acessado em outro dispositivo Apple. 
- Faça login com sua conta Apple ID.
 - Selecione o dispositivo que quer apagar e clique em "Ações.
 - Clique em "Modo Perdido" para bloquear o aparelho e proteger as informações. Essa função irá disponibilizar seu número de telefone na tela, caso a pessoa que o encontrou queira devolver.
 - Caso queira apagar definitivamente as informações, clique em "Apagar iPhone".
 
G1



