O corpo do homem encontrado nesta quarta-feira (3),
 cinco meses após o rompimento da barragem em Brumadinho, na Região 
Metropolitana de Belo Horizonte, estava a oito metros de profundidade. 
Ele foi identificado na noite desta quinta-feira (4). Trata-se de Carlos
 Roberto Pereira, de 62 anos, líder de almoxarifado da Reframax. 
 Segundo o Corpo de Bombeiros, a vítima estava em uma área considerada 
prioritária já que segmentos de outros corpos também foram achados no 
local. 
 O
 corpo estava praticamente intacto graças a um fenômeno conhecido por 
saponificação que desacelera o processo de decomposição. De acordo com o
 porta-voz do Corpo de Bombeiros, tenente Pedro Aihara, a concentração 
de minério, a baixa temperatura e a umidade ajudaram a preservá-lo. 
 A área onde o corpo foi encontrado era local de operação de maquinário 
pesado na Mina Córrego do Feijão, pertencente à Vale. Um trabalho de 
cruzamento de dados é feito para otimizar as buscas que já duram 161 
dias. 
“Durante esses mais de cinco meses nós temos processado as informações. Tudo é levado a conhecimento da nossa equipe de planejamento e o resultado disso é que, revolvendo menos de 10% desses 10,5 milhões de m² de rejeito, a gente já tenha conseguido atingir essa marca superior a 91% de localização”, disse Aihara.
 O cadáver foi levado para o Instituto Médico Legal, na capital mineira,
 onde foram feitos os trabalhos de identificação pela Polícia Civil. O 
corpo foi identificado após 11 horas de trabalho da equipe de 
odontologia-legal. Constatou-se a inexistência de impressões digitais 
viáveis. 
 Até o momento, 247 mortes já foram confirmadas e 23 pessoas estão 
desaparecidas. A Defesa Civil de Minas Gerais ainda não atualizou o 
balanço. 
(G1)
 

 
 
 



 
 
