O Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec) decidiu, em reunião
realizada na noite desta segunda-feira (15), pela interdição cautelar do
prefeito de Uruburetama e médico José Hilson de Paiva. Isso significa
que ele não poderá exercer a medicina por seis meses, podendo a decisão
ser prorrogada por outros seis meses, caso não haja julgamento durante o
período.
José Hilson recebeu denúncias de abuso sexual a pacientes. Alguns dos
atos, inclusive, foram gravados pelo próprio prefeito, durante consultas
nas cidades de Uruburetama e Cruz. Pelo menos 17 mulheres foram
assediadas.
Segundo a decisão do Cremec, divulgada em coletiva de imprensa na tarde
desta terça-feira, o informe já foi encaminhado ao Diário Oficial da
União e um carro do conselho foi à Uruburetama para dar ciência ao
médico. Ele não foi encontrado para ser notificado, mas uma pessoa que
estava na casa de José Hilson recebeu o documento, o que já vale como
registro de entrega. Também foram avisados a Promotoria Pública da
cidade, bem como a Secretaria de Saúde.
O médico ainda tem direito a defesa junto ao Cremec e um conselheiro foi
nomeado para buscar provas do crime, processo que demora, em média,
dois anos. A ação pode cassar definitivamente o direito do médico a
continuar exercendo a profissão.
Diário do Nordeste Online