O cozinheiro Rafael Andrade, suspeito de matar a professora cearense Aíla Pinto Cardoso,
34, em Anápolis, Goiás, está tentando manter contato e fazendo ameaças
aos parentes da professora por meio das redes sociais, segundo denúncia
dos familiares.O corpo chegou por volta das 5h30 e está sendo velado na
manhã desta sexta-feira (19) no distrito de Aracatiaçu, em Sobral. Ele e
Aíla se conheceram através da redes sociais e moravam junto há 15 dias.
De acordo com um familiar da professora, na noite desta quinta-feira
(18), Rafael chegou a trocar mensagens com um parente de Aíla. “Bora
marcar para a gente se encontrar. Tô chegando aí no Ceará amanhã de
manhã cedo. Tu pensa que eu tenho medo. Tô aí pró q der e vier”.
Durante a conversa, o suspeito chega a zombar quando a pessoa
responde que irá vingar as famílias que Rafael fez chorar. “kkk...Tu tá
de brincadeira, né? A gente vai se vê, só não sei se você vai ter
coragem”. O homem já tem passagem por feminicídio, devido a morte de uma
ex-companheira e chegou a ficar sete anos preso.
A página do Facebook de Rafael continua sendo atualizada com fotos e
mensagens sobre o crime. Em uma imagem que aparece segurando um copo com
bebida alcoólica, o suspeito tenta justificar a atitude.
“É, eu tento me confortar de alguma forma, sei que estou errado, mas
essa é a única maneira de fazer as coisas dentro de mim se calmarem”.
A família de Aíla está assustada e pede justiça para o caso. “Ele
continua foragido e está usando as redes sociais até hoje, postando
todos os dias atrocidades para a nossa família. Estamos aqui inseguros e
a única coisa que queremos é justiça”.
Diário do Nordeste