Prestes a anunciar mudanças na gestão das universidades, o ministro da
Educação, Abraham Weintraub, tem negado rumores de que a medida teria
relação com cobrança de mensalidades a universitários ou mesmo
privatizações.
O gestor tem usado as redes sociais para se manifestar sobre o assunto
por meio de uma série de frases. O ministro anunciará nesta quarta-feira
(17) o programa "Future-se" que, segundo Weintraub, será a "libertação
das universidades federais".
"A graduação não será paga pelos alunos das federais", escreveu o ministro no Twitter.
Segundo ele, será mantido formato atual de manutenção através de
impostos. "A rápida deterioração das contas vista nos últimos anos será
interrompida", disse ele, mas sem explicar de que forma isso acontecerá.
Novo modelo versus modelo atual
"Não há privatização alguma. Teremos um modelo moderno, que nos
aproximará da Europa, Canadá, Israel, Austrália, EUA, etc. A adesão das
universidades será voluntária, permitindo separar o joio do trigo... As
que quiserem ficar no atual modelo, poderão ficar...", escreveu
Weintraub no domingo (14).
"Haverá mais liberdade para pesquisa e trabalho", conformou o ministro.
Nesta terça-feira (16), ele disse já ter aprovações à proposta.
"Future-se, o nome da libertação das univ. federais. Hoje haverá
apresentação para todos os ministros. Muitos já conheceram a proposta e
aprovaram".
"Mais liberdade"
O ministro da Educação reúne nesta terça-feira (16) reitores de
universidade federais para apresentar projeto "Future-se", que prevê
mudanças nas instituições de ensino superior. O programa deve propor
novos formatos de gestão das universidades, mas o Governo tem descartado
cobrança de mensalidade.
Após ser apresentado a ministros e reitores, a expectativa é de que o
anúncio e os detalhes sejam divulgados para a imprensa na quarta-feira
(17).
Embora tenha evitado dar detalhes da proposta, o ministro tem negado, desde o domingo (14), os rumores.
UOL