O estudante Felipe Varea Leme, 21 anos, morreu após quebrar pescoço
ao transportar armário no elevador da Poli, na Universidade de São Paulo
(USP), é o que confirma o laudo divulgado nesta quarta-feira (3).
Varea era monitor de informática na Escola Politécnica da USP
e recebia uma bolsa no valor de R$ 530,00 para dedicar dez horas
semanais ao Serviço de Apoio ao Usuário com Problemas Técnicos (Help
Desk).
Como foi o acidente fatal
Em 30 de abril deste ano, o rapaz e outro colega receberam a
orientação para mudar um armário de sala. Testemunhas no local afirmaram
que a ideia de usar um carrinho para transporte de cargas partiu de um
dos professores responsáveis pela Poli. As informações são do portal
UOL.
Os estudantes empurraram o carrinho até um pequeno elevador, com uso
destinado exclusivamente para pessoas com necessidades especiais. Como
apenas um deles poderia descer com o armário, Felipe, foi sozinho. Ele
usou o próprio corpo para apoiar o carrinho e entrou de costas no
elevador. Dois pregos ficaram do lado de fora e ao iniciar a descida,
fincaram no chão. Imediatamente o armário subiu, quebrando o pescoço de
Felipe. Segundo o laudo, divulgado nesta terça-feira (2), este foi o
motivo de sua morte.
Homicídio não intencional
A defesa da família de Leme, procurada pelo portal UOL, contou que o
caso deve ser enquadrado como homicídio não intencional. "Diante das
provas até aqui levantadas, tudo leva a crer que a morte de Filipe não
foi uma mera fatalidade. Houve, ao que parece, negligência e imprudência
por parte daqueles que deram a ordem aos meninos. A expectativa é a de
que todos os possíveis envolvidos sejam responsabilizados pelo crime de
homicídio culposo, sem intenção de matar", afirmou o advogado Euro
Maciel Filho.
(Diário do Nordeste)