As Santas Casas e hospitais filantrópicos do Ceará acumulam dívidas de
R$ 50 milhões em 2019. No ranking das dívidas, figuram em primeiro lugar
os empréstimos bancários, no valor de R$ 19 milhões. Em segundo lugar
estão os pagamentos de fornecedores, superando R$ 14 milhões. Ao todo,
são 47 unidades no Estado.
“Nosso principal desafio hoje é não cortar serviços e honrar os nossos
pagamentos”, ressalta o presidente da Federação das Misericórdias e
Entidades Filantrópicas do Estado do Ceará (Femice), Marcos Granemann.
Ele esteve em Brasília na tarde de ontem, 14, com a bancada cearense na
Câmara dos Deputados para tratar da situação das unidades de saúde.
Também foi entregue uma carta solicitando socorro financeiro às
entidades.
“As emendas são um suporte para o financiamento das entidades. Os custos
sempre são superiores às receitas das Santas Casas. (retirei a vírgula)
Elas funcionam como um complemento para esse déficit e ajudam as
entidades na manutenção do seu funcionamento”, explica Granemann.
De acordo com a Femice, as 47 Santas Casas cearenses realizaram 51.588
procedimentos cirúrgicos das mais variadas especialidades, tais como,
obstetrícia, pediátrica, cardiológica, neurológica, trauma/ortopédica,
entre outras. O total de atendimentos atingiu 454.292.
No ano passado, o número de partos chegou a 19.013, índice superior aos
13.121 registrados em 2017. As unidades atualmente contam com 4.134
colaboradores (CLT), 537 prestadores de serviços e 686 médicos.
Focus.jor