O Governo do Ceará enviou 67 projetos considerados prioritários para o
crescimento socioeconômico regional à Superintendência do
Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). A meta é conseguir recursos
federais no plano orçamentário de 2020-2023 para execução das obras. Já o
Governo Federal estuda modelos de privatização para bancá-las.
No Estado, 24 são obras de infraestrutura para o desenvolvimento social,
urbano e institucional e 22 para soluções hídricas e conservação
ambiental. O restante é para (15) dinamização e diversificação produtiva
industrial, educação e desenvolvimento de capacidades humanas (3) e
inovação (3).
Os projetos integram o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste
(PRDNE). Há diversas obras estruturantes travadas, como a Transposição
do São Francisco, Cinturão das Águas e a Ferrovia Transnordestina.
De acordo com coordenador-geral de Cooperação e Articulação de Políticas
da Sudene, Renato Vaz Arruda, há uma lista de projetos focados no
desenvolvimento regional que serão defendidos no Congresso. No entanto,
os valores, são definidos de acordo com a alocação dos recursos no
orçamento federal já aprovado. "O que a gente está apresentando é um
projeto abrangente que beneficia todos os estados, baseados nos projetos
que os estados enviaram para gente", explica.
O PRDNE foi discutido ontem, durante a 21ª reunião ordinária da
Associação Nordeste Forte, na sede da Federação das Indústrias do Estado
do Ceará (Fiec). A secretária nacional de Desenvolvimento Regional e
Urbano do Governo Federal, Adriana Melo, destacou que o plano prevê o
crescimento econômico de 50 regiões intermediárias, das quais nove são
capitais e 41 cidades do interior brasileiro. Entram no bojo os
municípios de Crateús, Iguatu, Juazeiro do Norte, Quixadá e Sobral.
"Estamos definindo junto com a Casa Civil da Presidência uma agenda
imediata. Como se sabe, o plano tem vigência de quatro anos, mas um
horizonte de 12. Então, as ações são mais de médio prazo, mas a gente
quer uma agenda imediata, começando em 2019. Com quatro temas
prioritários: água, segurança hídrica, conectividade, banda larga para
cidades médias, melhoria da gestão pública e educação básica", enumerou.
A ideia é que os modelos de investimentos a serem estimulados sejam via
concessões públicas; parcerias Público-Privadas (incluindo modelos
inovadores); mercado de capitais, fintechs e fundos de investimentos
setoriais.
O POVO Online