Os Estados
Unidos e onze outros países americanos convocaram ontem os ministros das
Relações Exteriores dos Estados que fazem parte do Tratado Interamericano de
Assistência Recíproca (Tiar) para
uma reunião na segunda metade de setembro, quando discutirão o "impacto
desestabilizador" da crise na Venezuela.
A ativação
do Tratado foi votada no conselho permanente da Organização dos Estados
Americanos (OEA) por 12 dos 19 países signatários do acordo: Argentina, Brasil,
Chile, Colômbia, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Haiti, Honduras,
Paraguai, República Dominicana e Venezuela.
Cinco
países se abstiveram: Costa Rica, Panamá, Peru, Trinidad e Tobago e Uruguai;
enquanto Bahamas e Cuba estavam ausentes.
A
convocação ocorre em meio à organização do governo venezuelano de uma coleta de
assinaturas para levar uma petição contra os Estados Unidos à Organização das
Nações Unidas (ONU).
Maduro disse
que 11 milhões de assinaturas foram coletadas na iniciativa 'No more Trump', em
rejeição à bateria de sanções que Washington impôs à Venezuela e à empresa
estatal de petróleo PDVSA.
"Quem
assinou é porque se valeu de sua vontade soberana de assinar, por sua
consciência, por sua rebelião e por sua força", disse Maduro. A declaração
ocorreu após o Departamento de Estado americano afirmar que as assinaturas
estariam sendo compradas em troca de caixas de alimentos básicos subsidiados.
O governo
de Maduro denuncia as sanções como "um bloqueio criminoso" que
complica a importação de alimentos e medicamentos.
UOL