Os números de telefone ligados a mais de 400 milhões de contas do
Facebook que tinham sido armazenados de forma irregular foram expostos
online. Esta é a mais recente violação da proteção de dados do grupo
norte-americano, revelou o site TechCrunch.
Um servidor vulnerável armazenou 419 milhões de registos de utilizadores
da maior rede social do mundo em vários bancos de dados, incluindo 133
milhões de contas nos Estados Unidos, mais de 50 milhões no Vietnam e 18
milhões na Grã-Bretanha, segundo o site norte-americano.
As bases de dados listaram as identidades dos utilizadores do Facebook –
uma combinação única de números para cada conta -, bem como os números
de telefone associados aos perfis, o sexo dos utilizadores de
determinadas contas e a localização geográfica.
O servidor não estava protegido por qualquer senha, o que significava
que qualquer pessoa poderia ter acesso aos bancos de dados. Segundo o
site TechCrunch, a informação ficou online até o fim do dia de ontem
(4).
O Facebook confirmou parcialmente as informações do TechCrunch, mas minimizou o incidente.
O grupo afirmou que muitos dos contatos eram cópias e que os dados eram
antigos. “Este conjunto de dados foi removido e não vimos sinais de que
as contas do Facebook tenham sido comprometidas”, disse um porta-voz à
agência France Presse.
Após o escândalo da Cambridge Analytica, em março de 2018, que revelou a
utilização política de dados de milhões de utilizadores do Facebook sem
o seu conhecimento, o grupo removeu a possibilidade de fazer buscas na
plataforma por números de telefone.
No fim de agosto, o Facebook lançou testes para um novo recurso que
permite aos utilizadores controlar os seus dados recuperados pela
empresa americana fora da rede social.
Esse anúncio surgiu menos de uma semana depois de novas revelações sobre
as práticas irregulares do Facebook, que reconheceu ter transcrito a
audição de sons de alguns utilizadores, informação que negou durante
muito tempo.
No fim de julho, o Facebook foi multado em 5 bilhões pela autoridade
reguladora dos EUA para as comunicações, por não proteger os dados
pessoais dos seus utilizadores.
UOL