O julgamento do pedido de liberdade de José Hilson Paiva, prefeito afastado de Urubuterama e médico acusado de estuprar e filmar mulheres durantes atendimentos ginecológicos, foi adiado mais uma vez nesta terça-feira (3).
A sessão da 3° Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE)
foi iniciada nesta manhã com a sustentação oral da defesa e a
apresentação do parecer do relator, o desembargador Francisco Lincoln
Silva, favorável ao habeas corpus. Contudo, o pedido de vistas feito
pela desembargadora Marlúcia de Araújo Bezerra adiou a decisão, que
ainda não tem data para ocorrer. Com isso, José Hilson continua preso.
Ele foi detido no dia 18 de julho.
O julgamento estava marcado inicialmente para o último dia 26, mas
foi adiado pois se entendeu que o crime não se encaixava na Seção
Criminal, colegiado no qual a defesa havia impetrado o pedido. Os
desembargadores haviam entendido que os crimes dos quais José Hilson
é acusado não têm relação com seu exercício como prefeito.
Após a denúncia do Ministério Público
registrada no início de agosto, José Hilson foi acusado pelo crime de
estupro de vulnerável. Ele filmava as consultas com práticas invasivas e
teor sexual. São mais de 63 vídeos que registram o abuso sexual de pelo
menos 23 pacientes diferentes desde a década de 1980.
O prefeito foi afastado da prefeitura de Uruburetama e expulso do
PCdoB. A prisão preventiva foi decretada no último dia 19. A defesa do
médico entrou com pedido de Habeas Corpus na Justiça Estadual no dia 23.
Também foi requerido a conversão da prisão preventa em domiciliar,
rejeitada pela justiça.
(Diário do Nordeste)