Polícia Civil do Ceará prende homem em flagrante na quinta fase da Operação Luz na Infância


A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) prendeu um suspeito em flagrante, nesta quarta-feira (4), durante cumprimento de mandados de busca e apreensão da quinta fase da Operação Luz na Infância, no Ceará. A força-tarefa, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), envolve Polícias Civis do Distrito Federal e de 14 Estados. No Ceará, 30 policiais civis e três peritos da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) participaram das ações para cumprir os cinco mandados judiciais em cinco alvos localizados em Fortaleza. A operação local foi coordenada pela Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca).

Desde as primeiras horas da manhã, as equipes estavam na busca de alvos investigados por crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes praticados na internet. No Ceará, um homem de 46 anos foi preso em flagrante, no bairro Jóquei Clube, na Área Integrada de Segurança 6 (AIS 6) de Fortaleza. Ele foi autuado nos artigos 241 A e 241 B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), por compartilhar e armazenar conteúdo pornográfico envolvendo criança ou adolescente. Além do preso em flagrante, dois homens de 29 e 41 anos foram conduzidos à Dceca, onde foram ouvidos e foram instaurados inquéritos por portaria, nos quais os dois são investigados também por compartilhar e armazenar conteúdo pornográfico envolvendo criança ou adolescente. Eles foram localizados nos bairros Cidade dos Funcionários e Sapiranga, na AIS 7.


Nos endereços alvos da operação, os policiais civis e peritos apreenderam discos rígidos, gabinete de computador, notebooks, HD externos e aparelhos celulares. Nas mídias encontradas no endereço do homem que foi preso em flagrante, foram encontrados arquivos de imagem e vídeo com teor pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. A Dceca mantém as investigações sobre o envolvimento do suspeito na atividade ilícita e aguarda a análise do material apreendido para dar continuidade aos trabalhos policiais.

Análise do material

Os peritos do Núcleo de Perícia em Tecnologia e Apoio Técnico (NPTAT) da Coordenadoria de Perícia Criminal (Copec) da Pefoce participaram da operação. Todo o material apreendido pela Polícia Civil foi previamente analisado pelos peritos e encaminhado para a sede da Dceca, devendo ser posteriormente enviado ao laboratório no NPTAT para análise e confecção dos respectivos laudos periciais, na sede da Pefoce.

O NPTAT é o núcleo da Pefoce que realiza extração de informações, análise de conteúdo e recuperação de dados em celulares, computadores, tablets, HDs e outros dispositivos com intuito de detectar provas de crimes virtuais e não-virtuais, mas que tenham algum tipo de informação sobre infrações e também realiza o tratamento de imagens relevantes para órgãos de investigação.

Outras fases no Ceará

As outras quatro fases da operação Luz na Infância, no Ceará, resultaram nas prisões de 14 pessoas. A primeira fase aconteceu em outubro de 2017, a segunda, em maio de 2018, a terceira, em novembro de 2018, e a quarta fase, em março deste ano. Diversos equipamentos eletrônicos com conteúdo pornográfico foram apreendidos.

Âmbito nacional

A força-tarefa coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) apresentou o resultado parcial da operação. No total, 656 policiais de 14 estados e do Distrito Federal participaram da ação coordenada de combate aos crimes sexuais envolvendo crianças e adolescentes. Até as 15 horas de hoje, além da prisão no Ceará, outras 30 pessoas foram detidas em flagrante em outras unidades da federação. Também foram apreendidos nesses estados materiais contendo pornografia infantojuvenil. Para o desenvolvimento da operação foram analisados 312 mil arquivos divididos em 3.8 terabytes de dados. Participaram da ofensiva as forças de segurança do Brasil, Chile, El Salvador, Equador, Estados Unidos, Panamá e Paraguai.

Os alvos foram identificados pela Diretoria de Inteligência da Secretaria de Operações Integradas do MJSP, com base em elementos informativos coletados em ambientes virtuais, que apresentavam indícios suficientes de autoria e materialidade delitiva. Esse conhecimento produzido foi repassado às Polícias Civis – em especial às delegacias de proteção à criança e ao adolescente, e de repressão a crimes informáticos – que, por sua vez, instauraram inquéritos e solicitaram aos juízes locais para expedição dos mandados de busca e apreensão.

As ações simultâneas mobilizam um efetivo de 656 policiais em todo o País. A ação desencadeada é decorrente de cooperação mútua entre a Diretoria de Inteligência e a Diretoria de Operações, ambas vinculadas à Secretaria de Operações Integradas do MJSP. Houve também colaboração da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, por meio da Adidância da Polícia de Imigração e Alfândega em Brasília (US Immigration and Customs Enforcement-ICE), oferecendo cursos e capacitações que subsidiaram as cinco fases da Operação Luz na Infância.

(SSPDS)

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