Os servidores dos correios do Ceará decidiram
pela suspensão da greve em uma assembléia ocorrida na tarde desta
terça-feira (17) na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Correios, Telegráfos e Similares do Ceará
(Sintect-CE), em Fortaleza. A decisão segue a orientação da federação
nacional para que a paralisação seja suspensa até o julgamente do
dissídio coletivo, em 2 de outubro. O estado de greve se mantém e com
possibilidade para novas paralisações, de acordo com o sindicato.
A paralisação dos servidores começou no último dia 10 e é contra a
retirada de direitos trabalhistas, como a redução do reajuste salarial,
de adcionais de férias e horas extras, a responsabilização do servidor
em caso de acidentes de trabalho e a privatização da estatal. O
sindicato deseja 3,2% de reajuste salarial, e a empresa indica 0,8%.
Os Correios, seguindo orientação do Tribunal Superior do Trabalho
(TST), prorrogou o atual Acordo Coletivo de Trabalho e espera chegar a
um entendimento razoável para o ACT 2019/2020. Em nota, a empresa afirma
que as federações reivindicam vantagens impossíveis de serem concedidas
no atual momento da economia do país.
De acordo com Rodrigo Coelho, diretor de Esporte, Cultura e Lazer do
Sintect-CE, o sindicato cearense estava mobilizado para manter a greve
até o julgamento e avançar as negociações, no entanto, prefiriram manter
a unidade nacional e aceitaram a suspenção em unanimidade.
Coelho afirma que estão sendo realizadas discussões sobre a
privatização nas câmeras municipais de diversas cidades do Ceará, como Tianguá e Crateús. O objetivo do sindicato é buscar apoio contra a proposta de privatizar a estatal.
(Diário do Nordeste)