Após um mês do lançamento do programa de incentivo a criação de escolas
cívico-militar, quinze estados e o Distrito Federal passaram a aderir a
este modelo. Segundo um balanço divulgado nesta terça-feira (1) pelo
Ministério da Educação (MEC), em três regiões do país a adesão foi
total. São eles: Centro-oeste, Norte e Sul; além destes Ceará e Minas
Gerais optaram por este modelo.
Em um próximo passo, a partir de sexta-feira (4), o governo
disponibilizará um novo período de adesão, desta vez voltado para os
municípios, neste período estados não podem mais participar. As
prefeituras interessadas poderão solicitar participação até 11 de
outubro.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que municípios fora dos
estados que aderiram não estão excluídos do programa e podem solicitar a
participação no programa neste novo prazo. Em coletiva de imprensa, o
chefe da pasta comentou que nessa primeira etapa, os quinze estados que
integram o modelo terão cada um duas escolas cívico-militares pelo
menos.
"A gente estava prevendo duas escolas por Estado. Como tiveram 11
Estados que não aderiram. Então tem espaço para a gente deslocar escolas
eventualmente desses Estados que não aderiram para Estados que
aderiram", explicou Weintraub.
Adesão
A adesão ao modelo é voluntária. Estados e municípios terão de fazer uma
consulta pública à comunidade sobre a adesão ao programa. A comunidade
escolar precisa aceitar a mudança no perfil das escolas. E, as escolas
que quiserem aderir devem formalizar o pedido ao governo federal.
Segundo o MEC, dentre os critérios, terão preferência as escolas que
tenham estudantes em situação de vulnerabilidade social e Índice de
Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) abaixo da média do estado.
"A gente vai começar por quem tiver as melhores condições em termos de
impacto social. A demanda é gigantesca. A gente vai começar um modelo
novo, então a gente quer começar com quem realmente está com mais
vontade de participar dessa nova abordagem educacional", disse o
ministro.
Durante o lançamento do programa, no início de setembro, o presidente
Jair Bolsonaro defendeu 'impor' escolas cívico-militares para cidadão
não depender de programas sociais. O MEC não divulgou alterações nos
critérios do programa.
O POVO