Após troca 
de tiros entre policias e um grupo de traficantes de uma facção 
criminosa, segundo a PM, dezessete pessoas foram mortas na madrugada 
desta quarta-feira (30), em Manaus. A polícia disse que o grupo se 
preparava para cometer homicídios de rivais com o objetivo de tomar o 
controle de áreas de tráfico na região. A ocorrência iniciou às 22h45 e 
seguiu até aproximadamente 3h. 
De acordo com o comandante geral da PM, coronel Ayrton Norte, a polícia
 recebeu a denúncia de que cerca de 50 pessoas armadas estariam em um 
caminhão baú, em direção a um beco conhecido como JB Silva, na Rua 
Magalhães Barata, entre os bairros Crespo e Betânia, na Zona Sul. 
O objetivo desse grupo, segundo o comandante, era atacar uma facção 
rival. Nenhum PM foi baleado, e as viaturas que atuaram na ação não têm 
marcas de tiros. 
"Nossas viaturas de ronda e com a Força Tática foram até o local, houve
 o primeiro confronto, em que a Força teve êxito na intervenção policial
 [de um homem]. Em seguida, os policiais da Rocam foram acionados para 
dar apoio nessa ocorrência com cinco equipes. Nós tivemos três 
confrontos e nesses três totalizamos outras 16 intervenções policiais 
por parte da Rocam. Ou seja, ao todo foram 17 intervenções policiais", 
detalhou o comandante ao contabilizar os mortos pela coorporação. 
Durante a abordagem policial, a maior parte dos suspeitos conseguiu 
fugir. Ainda não se tem informações sobre a localização do caminhão que 
era usado pelo grupo. Todos os 17 baleados foram conduzidos ao 
Pronto-Socorro e Hospital 28 de agosto, onde foram confirmadas as 
mortes. Eles serão levados ao Instituto Médico Legal (IML) de Manaus ao 
longo da manhã.
A polícia 
apreendeu durante a ação 17 armas de fogo, entre revólveres e armas de 
grosso calibre. Elas foram apresentadas pela PM em frente ao hospital, 
em cima das viaturas. 
"Ao todo foram 17 armas apreendidas, armas de grosso calibre, inclusive
 tem uma uma sub-metralhadora, várias pistolas e revólveres, o grupo 
estava bem armado. As armas serão levadas para a Delegacia de 
Homicídios, onde serão apresentadas", informou o comandante da PM. 
Ainda em entrevista, o oficial informou que, no confronto, alguns 
policiais tiveram escoriações pelo corpo, mas não foram baleados ou 
ficaram feridos gravemente. 
"Os policiais tiveram que se abrigar, era um beco e os criminosos têm 
uma visão de tiro privilegiada, mas o tirocínio dos policiais fez com 
trouxéssemos esse resultado", conclui. 
Até o 
momento não foram divulgados os nomes dos mortos durante a operação. A 
Secretaria de Segurança afirma que nenhum nome foi oficialmente 
confirmado e que a identificação dos corpos está sendo feita conforme 
previsão legal. 
Apenas um jovem, de 17 anos, foi identificado pelo tio. Na entrada do 
IML, já na manhã desta quarta-feira, Cristóvão Carvalho, tio do menor de
 idade Alexsandro Custodio Carvalho, contou do envolvimento do rapaz com
 as drogas e o crime. 
"A gente [família] estava fazendo o possível e impossível para tirar 
ele dessa vida, mas as coisas são assim. Nesse mundo do crime não tem 
volta, né? É cadeia ou cemitério. Ele estava nessa vida há dois anos. 
Começou usando droga e a gente falava pra ele sair dessa vida. 
Infelizmente aconteceu essa tragédia, várias pessoas foram assassinadas 
pelos policiais", comentou Cristóvão. 
(G1)



