Ao levar apenas três dias para vetar 14 dispositivos da minirreforma
eleitoral, um recorde no atual governo, o presidente Jair Bolsonaro
(PSL) permitirá ao Congresso, se assim for decidido, aplicar já no
pleito do ano que vem as novas regras aprovadas pela Câmara dos
Deputados em 18 de setembro.
Entre os itens vetados, um dos pontos mais caros à maioria dos
parlamentares é a brecha para inflar o fundo de financiamento público de
campanhas --no ano passado, o montante foi de R$ 1,7 bilhão. Alguns
deputados querem subir a cifra no orçamento para até R$ 3,7 bilhões.
Outros trechos relevantes dizem respeito à recriação da propaganda
gratuita em rádio e televisão e ao afrouxamento dos mecanismos de
controle e punição.
Deputados e senadores têm pressa porque, caso os vetos sejam anulados, o
Congresso precisa promulgar a lei até a próxima sexta-feira (4 de
outubro) a fim de que as mudanças sejam válidas para as eleições
municipais de 2020.
O assunto deve ser discutido e votado amanhã (2) em sessão conjunta do
Congresso. Antes da apreciação em plenário, o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), reunirá os líderes para tratar do tema.
Uol