A namorada do empresário Pedro Raimundo Azevedo, de 73 anos, morto em assalto na sexta-feira
(15), afirma que é alvo de represálias nas ruas e nas redes sociais
após o crime. Samile Cardoso, que estava com Pedro Raimundo no momento
em que um grupo armado invadiu a casa do empresário em São Benedito,
interior do Ceará, diz que tem sido acusada de participar do crime pela
população, mas nega envolvimento. A polícia não confirmou relação da
mulher com a ocorrência.
Pedro Raimundo Azevedo foi agredido por três homens encapuzados que
invadiram sua casa na madrugada de sexta-feira, no município de São
Benedito, interior do Ceará. Ele estava dormindo no imóvel com Samile
quando a ação ocorreu. O grupo levou joias e o carro do empresário.
Pedro foi socorrido, mas morreu em uma unidade de saúde da cidade.
Samile e sua família alegam que estão enfrentando represálias da
população, que acusa a mulher de participar do crime. A Polícia Civil
não confirmou esta linha de investigação e afirmou que está trabalhando,
a princípio, com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). Até
a publicação desta matéria, nenhum suspeito foi preso.
Ao G1, Samile Cardoso, relatou que, depois de
anunciarem o assalto, os suspeitos foram em direção a Pedro com armas
apontadas. Porém, segundo ela, disseram que "não iam fazer nada com
ninguém". "Eles entraram quebrando a janela e com a arma na mão. Eu vi
logo e levantei, mas ele [Pedro] não levantou, acho que ele ficou em
choque", conta.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social
(SSPDS), os assaltantes chegaram à residência do empresário, que era
conhecido como um dos mais ricos da região, por meio de um terreno em
construção ao lado do imóvel.
Os criminosos teriam passado mais de duas horas dentro da casa. Samile
conta que só foi checar o estado de saúde do namorado após a saída dos
bandidos. "Eu virei a cabeça dele e disse 'acorde Pedro'. Eu não estava
sentindo a respiração dele".
A Delegacia Municipal de São Benedito segue realizando diligências
junto às Polícias Civil e Militar para apurar o crime e capturar os
envolvidos.
(G1/CE)