O número de queimadas, no Ceará, registrado pelo Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe) nestes 11 meses de 2019, já é superior ao
montante de todo o ano passado. Até este sábado (30), o órgão havia
contabilizado 3.535 focos de incêndios. 67 destes somente em Santa
Quitéria.
O quadro pode ficar ainda mais grave. Isto porque, em dezembro, a
quantidade de queimadas ainda tende a ser elevada. Caso a média para o
último mês do ano se mantenha, 2019 pode bater o recorde dos últimos
cinco anos, que é liderado por 2016, quando 4.316 focos foram
registrados pelo Inpe.
Diante de tantos incêndios, os impactos ambientais são gravíssimos e, em
alguns casos, os danos são irreversíveis para a fauna e flora do
semiárido. Para especialistas, a alta quantidade de focos poderia ser
reduzida caso houvesse “conscientização da população”, conforme pontua o
diretor do Instituto de Convivência com o Semiárido, Osvaldo Andrade.
O tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Nijair Araújo, assente e
acrescenta que a maioria destas queimadas tem ação antrópica, seja de
forma criminosa ou quando agricultores põem fogo na mata com o objetivo
de preparar a terra para o cultivo na próxima quadra chuvosa, que se
inicia em fevereiro e segue até maio.
Com informações do Diário do Nordeste