A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), em uma ação realizada pela
Delegacia Regional de Aracati e pelo Departamento de Polícia Judiciária
do Interior Sul (DPI Sul), prendeu um homem, suspeito de chefiar uma
organização criminosa que atuava no Ceará. A ofensiva policial ocorreu,
no último dia 20, na cidade de Mongaguá,em São Paulo. Os detalhes da
ação policial foram divulgados, na manhã desta segunda-feira (25) em
coletiva de imprensa, na sede da Superintendência da Polícia Civil do
Estado do Ceará, no Centro de Fortaleza.
Os policiais civis chegaram à localização e identificação de Carlos
Alexandre Araújo Costa (34), vulgo “Gasparzinho”, natural de Angra dos
Reis, Rio de Janeiro, após uma investigação desenvolvida pela Delegacia
Regional de Aracati. As investigações apontam que o homem tem a função
de manter a disciplina hierárquica dentro do grupo criminoso, além de
ser responsável pela organização dos integrantes do bando que estão nas
unidades prisionais cearenses. Ele já responde no Ceará por roubo, furto
e tráfico de drogas. Ainda segundo as investigações, “Gasparzinho”
estava morando em São Paulo há dois anos e, mesmo de lá, repassava
informações e organizava ações criminosas por comunicação via celular.
Após identificar o paradeiro do criminoso, a PCCE montou uma
operação, que contou com o apoio da Polícia Civil do Estado de São Paulo
(PCSP), e capturou o homem em uma residência localizada na Rua Isabel
Seckler, na Vila Oceanópolis, em Mongaguá. No momento da abordagem,
outras pessoas se encontravam no local, entre eles, outro foragido da
Justiça cearense. Trata-se de Artilan Gomes da Silva (23), vulgo
“Pitbull”, natural de Piquet Carneiro, que responde por posse irregular
de arma de fogo e estava com mandado de prisão em aberto. Artilan é
apontado como o chefe do tráfico de drogas em Piquet Carneiro.
De acordo com o delegado Huggo Leonardo, titular da Delegacia
Regional de Aracati e responsável pelas investigações, Carlos Alexandre,
apesar de estar em São Paulo, coordenava todas as ações criminosas de
chefia dessa da organização que age no Ceará. O delegado explicou ainda
que a comunicação funcionava por meio de diversos aparelhos telefônicos.
“O Carlos Alexandre gerenciava um grupo de pessoas, e esse grupo
gerenciava os demais membros dessa organização criminosa. Nós
conseguimos descobrir a localização dele em São Paulo e recebemos o
apoio da Polícia Civil de lá. Então chegamos em Mongaguá, no início da
semana passada, e fizemos levantamentos de campo do local. Ele era uma
pessoa que não saía de casa e não ostentava uma vida de luxo, justamente
para passar despercebido pelas forças de segurança”, disse Huggo
Leonardo.
Ainda conforme Huggo Leonardo, o homem estava foragido do
Ceará desde o ano passado.
Na casa onde ocorreram as prisões, a Polícia Civil apreendeu
documentos falsos em nome de terceiros, mas com as fotos dos presos,
notebooks, agendas com anotações de contabilidade, 20 aparelhos
celulares, uma centena de chips telefônicos ativos, a quantia de R$
265,00, cerca de meio quilo de maconha, além de 17 chips telefônicos
lacrados. A Polícia Civil apreendeu ainda três veículos – dois carros e
uma motocicleta – utilizados pelos criminosos.
Durante a coletiva realizada, nesta segunda-feira (25), o delegado
geral da PCCE, Marcus Rattacaso, ressaltou a importância da troca de
informações entre os estados. “Essa prisão decorre de uma operação
policial de natureza qualificada, que iniciou há cinco meses, e resultou
na prisão no dia 20 e contou com o apoio bastante efetivo da PCSP, do
município de Mongaguá. Gostaria de destacar a importância da integração
das Polícias Civis do Brasil na elucidação desses delitos e na prisão
desses indivíduos que pertencem a organizações criminosas. A PCCE vem
mantendo contato frequente com todas as policias civis do Brasil e,
baseado nessa troca de informações e no trabalho de inteligência
policial, é que essas prisões estão sendo efetuadas”, afirmou o delegado
geral da PCCE
(SSPDS)