O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (2) que está quase tudo pronto 
para a apresentação da reforma administrativa ao Congresso e que o 
governo estuda mudar a estabilidade dos novos servidores públicos. “A 
ideia é daqui para frente, para os futuros concursados não teria 
estabilidade, essa é a ideia que está sendo estudada”, disse ao deixar o
 Palácio da Alvorada na manhã deste sábado.
De acordo com o presidente, para algumas carreiras típicas de Estado, 
entretanto, esse direito seria preservado. “Eu não posso formar, por 
exemplo, um sargento ou um capitão das forças especiais e depois mandar 
ele embora. Tem que ter formação específica para aquela atividade, bem 
como outras dos servidores civis.” Atualmente, os servidores públicos 
estatutários têm direito à estabilidade no cargo após três anos de 
atividade.
Na próxima semana, Bolsonaro pretende ir ao Congresso entregar novos 
projetos para serem analisados pelos deputados e senadores. Ele não 
detalhou, entretanto, qual reforma será apresentada primeiro. “A que for
 menos difícil tem que ir na frente. O [ministro da Economia] Paulo 
Guedes gostaria que as três [previdenciária, administrativa e 
tributária] já tivessem aprovadas”, disse. Um novo pacto federativo com 
estados e municípios também é prioridade para o governo e deve ser 
proposto em breve.
As medidas do governo para simplificação da máquina pública e 
desregulamentação do ambiente de negócios, segundo Bolsonaro, objetivam o
 aquecimento da economia e a geração de empregos. “Quem cria emprego é a
 iniciativa privada e, para tal, quem produz tem que ter menos 
burocracia. Temos que botar de forma mais competitiva nos portos 
produtos para exportação”, disse.
A diminuição da carga tributária também está no radar do Ministério da 
Economia, segundo o presidente, mas não deve ser feita “de uma hora para
 outra”. “Essa reforma tributária é muito importante. O que encarece no 
Brasil são os impostos. Vou apelar aos governadores, se for possível, 
sei que vivem apertados, [para que] diminuíssem essa média de 30% de 
ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] no 
combustível, cria mais emprego, se consome mais o que é nosso aqui 
dentro. Por isso que o etanol de fora é competitivo, lá fora quase não 
tem imposto”, disse, lembrando que parte do etanol consumido no Brasil é
 importada.
UOL 



