Meia hora depois do encerramento do segundo dia de provas do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem), o ministro da Educação Abraham
Weintraub disse em coletiva de imprensa que “este foi o melhor Enem da
história do Brasil se levarmos em consideração a qualidade da prova”.
Ao
lado do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, o ministro afirmou
que a ausência de supostas questões ideológicas tem relação com a
“postura republicana do Governo Bolsonaro”.
A taxa de abstenção do exame
deste ano foi de 27,19%, segundo o MEC, a menor da história.
O ministrou garantiu que os casos de vazamento da prova nos dois dias
foram pontuais e não geraram impacto aos estudantes. O único caso em que
ele considera um comportamento prejudicial à sociedade foi o de duas
aplicadoras do exame no Ceará que, no domingo (3), tiraram e fizeram
circular uma foto da prova de redação. Ele diz que as mulheres
planejaram a ação previamente e classificou o comportamento de uma delas
como "terrorismo".
"Não estou chamando de senhora, não estou chamando de cidadã, estou
chamando de mulher, que tentou aterrorizar a sociedade brasileira. Uma
pessoa vil", disse Weintraub, que afirma ter certeza da culpabilidade da
aplicadora, e disse suspeitar que ela seja uma "militante".
O ministro ainda afirmou que é importante não haver ideologização do
ensino para que só entre na universidade quem tiver alcançado boa nota
em vez de “militantes”. “Prefiro ser atendido por um profissional
competente. Foram décadas em uma cultura totalitarista de esquerda sendo
imposta aos brasileiros, e a eleição de Bolsonaro é o começo do fim
desse martírio”, afirmou.
Os gabaritos oficiais serão divulgado nesta quarta 13 no site do INEP.
Com informações da Veja e G1