Transformando ensinamentos adquiridos em sala de aula em instrumentos
práticos de inclusão, estudantes de Pacatuba, Região Metropolitana de
Fortaleza, desenvolveram um micro robô colaborativo de baixos custo e
consumo de energia, que poderá ser usado para ajudar na locomoção de
crianças portadoras de deficiência física e autistas.
Os estudantes de Automação Industrial João Vitor de Lima Sousa, de 18
anos, e Ana Jully Teófilo de Sousa, de 18 anos, criaram o ‘Pakacthuba’,
protótipo controlado por smartphone via conexão Bluetooth que percebe a
distância entre o usuário e obstáculos físicos no local, ajudando a
locomoção de quem tem dificuldades.
“Quando decidimos criar algo, o objetivo era ajudar as crianças que têm
deficiência, além de promover isso de uma forma divertida para que
tivesse a leveza de uma brincadeira”, explica João Victor. Ele e Ana
Jully estudam na Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP)
Raimundo Célio Rodrigues, e desenvolveram o robô durante estágio
supervisionado no Núcleo de Tecnologia e Qualidade Industrial do Ceará
(Nutec).
O equipamento foi construído ao custo de R$ 237,80, mas segundo os
estudantes, há a expectativa de deixá-lo ainda mais barato, utilizando
materiais reciclados na confecção.
“Pakacthuba”
O micro robô possui uma rede de sensores ultrassônicos que percebem a
distância entre o usuário e seus obstáculos. O “Pakacthuba” saiu do
papel por meio de uma impressora 3D e é controlado através de aplicativo
instalado em um smartphone. Além disso, por se tratar de um dispositivo
de comunicação Bluetooth, permite que o comando remoto em uma distância
de até 10 metros seja realizado por meio de uma rede sem fio.
O POVO