As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC)
reduziram a estimativa para a inflação este ano. A projeção para o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial
do país) caiu de 3,60% para 3,58%. A informação consta no boletim
Focus, pesquisa semanal do Banco Central (BC) que traz as projeções de
instituições para os principais indicadores econômicos.
Para 2021, a estimativa de inflação se mantém em 3,75%. A previsão para
os anos seguintes também não teve alterações: 3,50% em 2022 e 2023.
A projeção para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que deve
ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário
Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto
percentual para cima ou para baixo.
Selic
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal
instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente definida em 4,5%
ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
De acordo com as instituições financeiras, a Selic deve se manter em
4,5% ao ano até o fim de 2020. A manutenção da Selic, como prevê o
mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações
anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
Para 2021, a expectativa é que a taxa básica suba para 6,25%. E para
2022 e 2023, as instituições estimam que a Selic termine os dois
períodos em 6,5% ao ano.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a
demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais
altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz a
Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à
produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a
atividade econômica.
Atividade econômica
A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de
todos os bens e serviços produzidos no país – se mantém em 2,30% para
2020. As estimativas das instituições financeiras para os anos
seguintes, 2021, 2022 e 2023 também continuam em 2,50%.
A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar está em R$ 4,04 para o fim deste ano e R$ 4,00 para 2021.
UOL