A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou a morte de mais uma pessoa com sintomas da síndrome nefroneural, doença que estaria relacionada a contaminação de cervejas da marca Backer.
Investigações sugerem que a doença é causada por contaminação por
dietilenoglicol, substância encontrada em garrafas da cerveja
Belorizontina e Capixaba, da fabricante mineira.
O paciente morreu na manhã desta quarta-feira (15), em Belo
Horizonte. É a segunda morte confirmada pela doença. Há um terceiro caso
suspeito, em Pompéu (MG). O paciente, cujo nome não foi divulgado,
estava internado no Hospital Mater Dei, na capital mineira. O corpo será
encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal), onde passará por exames e
procedimentos de perícia.
A morte de uma mulher de 60 anos em Pompéu (a 174 km de Belo
Horizonte) foi notificada pela prefeitura do município mineiro, mas
ainda não contabilizada pela polícia. A Secretaria de Saúde de Pompéu
diz que a paciente esteve em Belo Horizonte a passeio na casa de
parentes entre os dias 15 e 21 de dezembro no bairro Buritis, região
oeste da capital.
De acordo com a pasta, ela apresentou os sintomas da síndrome
nefroneural e morreu em 28 de dezembro. O Pronto Atendimento onde estava
internada entrou em contato com a família, que relatou que a mulher
bebeu a cerveja Belorizontina.
A diretora de marketing da Backer, Paula Lebbos, pediu na terça-feira (14) que os consumidores não bebam as cervejas Belorizontina e Capixaba, independentemente do lote.
O último boletim divulgado na noite de terça-feira (14) pela
Secretaria de Estado de Saúde informava que havia 17 pacientes
internados com a doença em todo o estado. Desses, 16 seriam do sexo
masculino e um feminino.
Os casos notificados foram confirmados em Belo Horizonte (12) e em
Ubá, Viçosa, São Lourenço, Nova Lima e São João Del Rei. A Secretaria
também não finalizou as análises do caso da mulher de Pompéu.
(Diário do Nordeste)