Os frigoríficos uruguaios avançaram nas negociações com o seu governo
para obter a certificação sanitária que autoriza a importação de gado
vivo do Brasil, informa reportagem publicada pela filial uruguaia do El
País Digital.
A busca por animais em pé em território brasileiro, diz o jornal,
reflete sobretudo os aumentos nos preços do gado no mercado doméstico
uruguaio, devido aos baixos estoques de novilhos e, ao mesmo tempo, aos
avanços das exportações de carne bovina uruguaia para a China.
A diferença entre os preços do gado do Uruguai e os valores vistos
nos países vizinhos é bastante clara, informa o El País. Enquanto no
Uruguai a referência para um novilho gira em torno de US$ 3,50 por kg de
carcaça, no Brasil seu preço é de US$ 2,44/kg. Por sua vez, na
Argentina, vale US$ 2,63/kg e no Paraguai, US$ 2,75/kg.
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O diretor de serviços de pecuária, Eduardo Barre, confirmou que os
protocolos de importação ou exportação de gado vivo entre os países do
Mercosul (Brasil, Argentina e Paraguai) foram concluídos em março
último, segundo o El País. As autorizações envolvem os segmentos de
reprodução, de cria/engorda e de abate imediato.
Em abril último, as exportações de carne bovina do Uruguai para a
China ultrapassaram 22 mil toneladas, marcando um novo recorde histórico
para o período. O gigante asiático foi responsável por 68% dos
embarques totais dos frigoríficos no mês passado.
Em 2018, o Uruguai também aumentou as suas importações de cortes de
carnes (bovina, suína e de frango) – tendo o Brasil e o Paraguai como os
principais fornecedores. Essa mesma tendência está sendo mantida este
ano.
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