O açude Roberto Costa (Trussu) acumula apenas 1,2% do volume. É o pior nível da história. Semana passada, o reservatório recebeu pequena recarga. O volume aumentou um pouco em decorrência de uma chuva de 100mm registrada na região. O nível de abastecimento passou de 1,29% para 1,33%.
“Essas chuvas que deram na região do Trussu foram suficientes para ter
uma recarga de 5cm, que corresponde a quase 100 mil metros cúbicos”,
explicou o gerente do escritório local da Companhia de Gestão dos
Recursos Hídricos (Cogerh), Anatarino Torres. “Mas a gente sabe que
essas chuvas localizadas, só dão recarga de um dia para outro, diferente
quando há escoamento dos rios e riachos, que as águas vêm das partes
mais altas”.
Os agricultores e técnicos estão com esperança de que, depois de sete
anos seguidos de perda de reserva hídrica, o Trussu neste ano tenha boa
recarga e possa voltar a abastecer a cidade de Iguatu.
Obra de recuperação
Finalmente, depois de mais de um ano de espera, operários e máquinas
estão trabalhando no serviço de recuperação da parede do açude Trussu,
que apresenta rachaduras e buracos.
O Trussu, como popularmente é conhecido o açude Roberto Costa, é um dos
que apresentam pior situação, dentre os reservatórios federais,
administrados pelo Dnocs. Há buracos com mais de oito metros de
profundidade, além de erosão, afundamento do piso por causa do tráfego
de caminhões-pipa com 30 mil quilos e cobertura vegetal nativa nas duas
faces da parede.
A situação do Trussu consta no relatório mais recente da Agência
Nacional de Águas (ANA) como situação de risco. Apesar da complexidade,
até o início deste mês só havia sido feito trabalho de retirada parcial
de pés de jurema na parede do reservatório nos lados interno e externo.
O engenheiro Luzilson Leite, da Construnova, responsável pela obra de
recuperação do reservatório, disse que a obra deve ser concluída até o
fim de março.
Diário Centro Sul
jornalista Honório Barbosa



