O dólar bateu pela primeira vez na história nesta sexta-feira (21) o
patamar de R$ 4,40, mas mudou de rumo e passou a ser negociado em queda.
Às 16h05, a moeda norte-americana era negociada a R$ 4,3896 na venda,
em queda de 0,05%. Na abertura, chegou a R$ 4,4061 – nova máxima nominal
intradia já registrada no país. Na mínima da sessão até o momento
chegou a R$ 4,3725.
Já o dólar turismo era negociado a R$ 4,5767. Nas casas de câmbio,
considerando a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras),
chegou a ser oferecido pela manhã acima de R$ 4,60 para compra em papel
moeda e a R$ 4,84 no cartão pré-pago.
Entre os fatores que influenciaram a mudança de rota, operadores
citavam o maior movimento de venda de dólares para realização de lucros
com a recente alta da moeda e a queda do dólar lá fora frente a outras
moedas após a divulgação de dados ruins nos Estados Unidos sobre a atividade nos setores de manufatura e serviços
e com as empresas cada vez mais preocupadas com os impactos do
coronavírus. O Índice IHS Markit caiu para 49,4 em fevereiro, o menor
desde outubro de 2013, segundo a agência Reuters.
Na quinta-feira, o dólar encerrou o dia vendido a R$ 4,3917, em alta de
0,61%, marcando novo recorde nominal (sem considerar a inflação) de
fechamento. Na máxima do dia, chegou a R$ 4,3982 – maior cotação nominal
intradia até então, segundo dados do ValorPro.
A marca de R$ 4,40 é o maior valor nominal já registrado. Considerando a
inflação, no entanto, a maior cotação do dólar desde lançamento do
Plano Real foi a atingida no final de 2002. Segundo a Economatica, com a correção pelo IPCA, a máxima histórica é a do dia 22 de outubro de 2002, quando a moeda dos EUA fechou a R$ 3,9552, o equivalente atualmente a R$ 11,016.
(G1/CE)



